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Capital

PF preso na Omertà paga fiança e deve ser solto ainda nesta sexta-feira

Everaldo Monteiro de Assis, também conhecido como Jabá, está desde setembro de 2019 detido preventivamente

Nyelder Rodrigues | 05/02/2021 14:07
Jabá, como é apelidado Everaldo, é policial federal experiente (Foto: Divulgação/Arquivo)
Jabá, como é apelidado Everaldo, é policial federal experiente (Foto: Divulgação/Arquivo)

A fiança fixada em 10 salários mínimos - cerca de R$ 11 mil - para colocar em liberdade o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, o Jabá, já foi paga e ele deve sair da prisão ainda nessa tarde de sexta-feira (5). Ele cumpre prisão preventiva desde setembro de 2019, quando foi alvo da Operação Omertà.

Depois de várias tentativas da defesa, a prisão de Everaldo foi convertida em medida cautelar pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho. Entre os requisitos para ficar em liberdade, estavam o uso de tornozeleira e não se comunicar com investigados e testemunhas da ação penal.

Além disso, ele também teria que pagar uma fiança de aproximadamente R$ 22 mil - 20 salários mínimos. Sua defesa, feita pelo advogado Adriano Magno de Oliveira, entrou com novo recurso, pedindo a derrubada da obrigatoriedade da fiança, o que foi negado pelo juiz. Contudo, ele cortou pela metade o valor.

"Já foi pago e só está faltando a parte burocrática. Esperamos que saia ainda hoje. Não tem mais o porquê da demora para ele ser solto", explica Adriano Magno. Assim que sair da cadeia - ele está na 3ª DP (Delegacia de Polícia Civil) - ele vai para a sede da unidade mista de monitoramento, onde colocará a tornozeleira.

Everaldo foi alvo de duas fases da Operação Omertà, liderada por Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), e que resultou na prisão de Jamil Name e do filho, Jamil Name Filho. Eles estão detidos em Mossoró (RN).

Na primeira, em setembro de 2019, foi denunciado por formação quadrilha. A investigação aponta o Jamil Name e Jamil Name Filho como líderes da organização. Neste processo, conseguiu liberdade provisória em 27 de outubro de 2020.

No entanto, continuava preso pela preventiva decretada na terceira etapa da Omertà, deflagrada em junho de 2020. Everaldo é acusado de montar estrutura paralela para proteger organização criminosa de Fahd Jamil, mais conhecido como 'Rei da Fronteira' entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.

De acordo com o Gaeco, o agente abastecia o grupo com dados sigilosos e também direcionava investigações para minar concorrentes. Everaldo também foi denunciado pelo homicídio de Marcel Costa Hernandes Colombo, de 31 anos, conhecido como 'Playboy da Mansão', mas não houve decretação de prisão preventiva.

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