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Capital

Polícia acha ossos que podem ser de corpos de casal esquartejado e queimado

Parte de ossos, que seriam da mão e pé de Pedro Vilha Alta, foram encontrados às margens da BR-163

Ana Paula Chuva e Bruna Marques | 16/02/2022 12:31
Parte dos ossos encontrados no local pela equipe da DEH. (Foto: Divulgação)
Parte dos ossos encontrados no local pela equipe da DEH. (Foto: Divulgação)

Equipe da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio) encontrou no final da manhã desta quarta-feira (16), pedaços de ossos que podem ser de Pedro Vilha Alta Torres, 45 anos, esquartejado e incendiado junto com a esposa Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos, em agosto de 2021.

De acordo com o delegado titular da DEH, Carlos Delano, a equipe da especializada encontrou os restos mortais às margens da BR-163, na região do Condomínio Residencial Damha. Os pedaços de ossos seriam da mão e do pé de Pedro e estavam próximos de um saco de lixo preto que possivelmente foi rasgado por animais.

“Fomos ao local juntamente com a equipe da Perícia e os ossos foram levados para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para constatações. Há grandes chances de serem ossos humanos, mas dependemos de confirmação técnica”, afirmou Delano.

Na tarde de ontem (15), a especializada divulgou a prisão de duas mulheres de 31 e 35 anos e a apreensão de um adolescente de 17 anos pelo crime.  Os três foram detidos por policiais civis em Ribas do Rio Pardo, a 98 km de Campo Grande.

As mulheres foram presas temporariamente e o prazo é que permaneçam na prisão por 30 dias. O adolescente foi encaminhado para a Delegacia da Infância e Juventude, que dará sequência na investigação do menor de idade.

Pedro e a esposa, Priscila, tiveram corpos jogados às margens da rodovia. (Foto: Redes Sociais
Pedro e a esposa, Priscila, tiveram corpos jogados às margens da rodovia. (Foto: Redes Sociais

Relembre o caso -  O casal foi morto, esquartejado e queimado, antes de ser deixado às margens da BR-262, no dia 16 de agosto, em Campo Grande.

Pedro e Priscila estavam juntos há 12 anos. Se casaram escondidos e tiveram duas filhas. Conforme apurado pela reportagem, o relacionamento foi marcado pelo vício em drogas e por prisões do homem.

Pedro somava vários “pequenos crimes”, como ameaças, furtos, roubos, porte ilegal de arma, além de um homicídio. Tinha também uma condenação de 7 anos e nove meses pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, consequência de processo de 1998.

Esse histórico de envolvimento dos dois com o tráfico de drogas, segundo o relato dos próprios parentes, os levaram a cometer pequenos furtos para manter o vício. Em janeiro deste ano, a mãe da Priscila chegou a procurar a polícia para denunciar que vinha sofrendo constantemente com os crimes dentro de casa.

Eles levavam eletrodomésticos da casa para comprar drogas e os crimes sempre acabavam em discussão. Em uma das brigas delas, Pedro ameaçou comprar uma arma e matar os irmãos da sogra. Foi o medo que levou a mulher de 57 anos à polícia.

Conforme apurado pela reportagem, entre as linhas de investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), os furtos cometidos pelo casal estão entre possíveis motivações para o crime. O envolvimento com o tráfico na região também é apurado.

Além disso, a execução e a maneira com que os corpos foram deixados, desmembrados e carbonizados, são características dos assassinatos ordenados pelo Tribunal do Crime, realizado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

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