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Capital

Polícia conclui investigação sobre mortes na quimioterapia

Paulo Yafusso | 28/07/2015 20:02
Inquéritos sobre as mortes de três pacientes têm mais de 10 mil páginas (Foto: Divulgação)
Inquéritos sobre as mortes de três pacientes têm mais de 10 mil páginas (Foto: Divulgação)

As investigações sobre as causas das mortes de três mulheres que estavam internadas no setor de oncologia da Santa Casa de Campo Grande foram concluídas pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), mas a delegada Ana Cláudia Medina disse que os detalhes serão divulgados somente na quinta-feira, em coletiva à imprensa na sede da Academia de Polícia Civil. Mais de uma pessoa foi indiciada.

O resultado de mais de um ano de investigação está condensado em 10 mil páginas distribuídas em quatro inquéritos que já foram remetidos para a Justiça. A apuração começou em junho do ano passado, quando Carmen Insfran Bernard, Norotildes de Araújo Grego e Maria Glória Guimarães, que estavam fazendo quimioterapia na Santa Casa, começaram a apresentar reações físicas adversas graves, que resultaram em mortes.

Além dos familiares das vítimas, a delegada Ana Cláudia Medina ouviu também funcionários do hospital, médicos, profissionais de enfermagem e farmacêuticos. Diante da complexidade do caso, foi necessário fazer a exumação dos corpos e o trabalho da perícia foi considerado importante para se chegar a uma conclusão. A delegada não quis adiantar nada da investigação, mas informações apuradas pelo Campo Grande News apontam que houve indiciamento por mais de um crime.

A quarta paciente a apresentar as mesmas reações, Margarida Isabel de Oliveira, morreu no dia 27 de janeiro deste ano, por falência múltipla dos órgãos. Ela estava em tratamento contra câncer no sistema digestivo.

O caso ganhou repercussão nacional. Por conta das mortes das três mulheres, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou uma equipe para Campo Grande para investigar o caso. Quatro técnicos ficaram do dia 21 a 15 de julho do ano passado, conversando com os profissionais que atuam no setor de oncologia da Santa Casa e com o familiares das vítimas. Uma das suspeitas é de que o problema teria sido por causa de erros na manipulação de medicamentos usados na quimioterapia.

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