Polícia faz batida em prostíbulo atribuído ao marido de "Dani Gaúcha"
A mulher foi presa em flagrante por manter casa de prostituição na noite do dia 7 de agosto, após denúncias
Denúncias levaram a polícia até sobrado no Centro de Campo Grande onde funcionaria uma casa de prostituição. O imóvel é registrado em nome do marido de Dani Gaúcha - presa pelo mesmo crime na noite do dia 7 de agosto, durante operação da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social).
Otacílio Leite Soares Neto é suspeito de manter o conhecido “Sobrado da 7”. Como o nome indica, a casa de prostituição funcionaria na Rua 7 de Setembro, em um imóvel sem portões, com câmeras na entrada e completamente fechada.
No Facebook, a página do estabelecimento indica dois endereços, um no Centro e outro no Jardim Paulista, e exibe mulheres seminuas, em poses sexuais, com nomes e endereços detalhados das casas nas imagens e a expressão "garotas de programa".
Após a prisão de Meridiana Fátima Inácio Menezes, a Dani Gaúcha, no último fim de semana os policiais foram também até o endereço, mas não constataram a presença de nenhuma garota no local.
De acordo com o delegado Paulo Henrique Sá, equipes da Deops foram ao endereço nas noites de sábado e domingo, mas não encontraram nenhuma movimentação externa. Ainda assim, as apurações continuam para ver se o local funciona como casa de prostituição e se de fato pertence ao marido de Dani Gaúcha.
Na JUCEMS (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), o estabelecimento é registrado em nome de Otacílio e como atividade aparece "serviços de estética", a mesma que oficialmente aparece nos registros da casa de Dani Gaúcha.
O Campo Grande News também encontrou processos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em que Otacílio aparece como proprietário do endereço indicado nas redes sociais como “Sobrado da 7”. Os documentos, datados de dezembro do ano passado, ainda revelam uma dívida de R$ 19.041,09 em atrasos de IPTU do prédio.
Se comprovada a ligação de Otacílio com a casa de prostituição, as penalidades vão depender da situação verificada no local. Manter estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, lucro ou mediação direta dos programas prevê reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Se for verificado "rufianismo", ato de tirar proveito da prostituição alheia, a pena é de 1 a quatro anos, e multa. Um dos agravantes previstos é a exploração de menores de 18 anos e crime cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima.
Mansão da Dani Gaúcha - A mesma denúncia que levou a polícia à Mansão da Dani Gaúcha apontava Otacílio como “sócio” do negócio, no entanto nenhuma ligação entre ele e a casa de prostituição de luxo no bairro Itanhangá Park foi encontrada.
Segundo a polícia, todos os documentos e até o aluguel da casa estavam em nome de Meridiana Fátima Inácio Menezes, nome real de Dani Gaúcha o. No local, ainda fori encontrado vasto material que comprova a exploração da prostituição, como cadernos de controle feitos pela dona da casa e até cronômetros.
No prostíbulo de luxo, montado em um dos bairros nobres de Campo Grande, as garotas de programas trabalhavam como freelance e também atendiam em outros lugares. O lucro da proprietária vinha dos aluguéis e produtos consumidos no bar do estabelecimento.
Dani Gaúcha foi liberada na quinta-feira (9), depois de pagar R$ 9.540,00 e colocar tornozeleira eletrônica. Na decisão, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida também a proibiu de sair da cidade sem autorização judicial.