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Cidades

Pela 2ª vez, ex-coordenador da Apae é preso suspeito de desvio de R$ 8 milhões

Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande e Camapuã

Por Viviane Oliveira | 10/03/2025 11:10
Pela 2ª vez, ex-coordenador da Apae é preso suspeito de desvio de R$ 8 milhões
Foto usada por Paulo Henrique em perfil na internet (Foto: reprodução / redes sociais)

Na manhã desta segunda-feira (10), Paulo Henrique Muleta Andrade, ex-coordenador da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), foi preso pela segunda vez, na Operação Occulto, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção). Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande e Camapuã.

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Paulo Henrique Muleta Andrade, ex-coordenador da Apae, foi preso novamente na Operação Occulto, conduzida pelo Gaeco e Gecoc, por desvio de R$ 8 milhões de dinheiro público. Ele e outros usaram empresas de fachada para simular vendas à saúde pública. A investigação revelou lavagem de dinheiro e obstrução da justiça, com tentativa de ocultar bens. A operação também descobriu que Paulo Henrique buscava cidadania italiana para deixar o país. Mandados de busca foram cumpridos em Campo Grande e Camapuã.

Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), desde 2021, o ex-coordenador da Apae de Campo Grande e outros investigados, se utilizavam de diversas empresas de fachada, para simular vendas de produtos para a rede pública de saúde e, agindo dessa forma, desviaram o total de R$ 8.066.745,25 do dinheiro público, repassado pela Secretaria de Estado de Saúde do Estado, para atender pacientes ostomizados.

O aprofundamento das investigações revelou a continuidade da prática criminosa, com reiterados crimes de lavagem de dinheiro, meios pelos quais os investigados passaram a ocultar o destino do valor desviado dos cofres públicos.

Pela 2ª vez, ex-coordenador da Apae é preso suspeito de desvio de R$ 8 milhões
Folhas de cheques apreendidas durante a operação deflagrada nesta segunda-feira (Foto: divulgação / Gaeco)

Ainda, em grave escalada criminosa, segundo a investigação, foi identificada recente prática do crime de obstrução da justiça por parte de um dos investigados que, mesmo já submetido a medidas cautelares alternativas, deliberadamente buscou dificultar e embaraçar a ação penal, especialmente burlando ordem judicial de sequestro de bens ao afastar cerca de R$ 500 mil de seu alcance.

Occulto, termo que dá nome à operação, faz referência às ações para ocultar o dinheiro desviado, e considera também o pedido de cidadania italiana feito por Paulo Henrique, com pretensões de deixar o país. Ele foi preso pela 1ª vez, por desvio de dinheiro, em dezembro de 2023, na Operação Turn Off.

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