Polícia identifica responsáveis por atentado ao pelotão da PM
Dois jovens foram identificados como autores do atentado ao pelotão do 10º Batalhão da Polícia Militar na última terça-feira (27), no bairro Moreninhas, em Campo Grande. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Devair Aparecido Francisco, a Polícia identificou os jovens depois que foram encontrados vestígios de uma moto Biz incendiada no final desta tarde, na estrada da Gameleira. Um deles está preso e outro se apresentou na delegacia.
Conforme o delegado, o rapaz que colocou fogo na moto se apresentou nesta tarde na 4º Delegacia de Polícia. O jovem contou que, no dia do atentado os dois amigos responsáveis pelo ataque, chegaram na casa dele e pediram para deixarem a moto lá.
Ao perguntar o que havia acontecido, os dois amigos disseram que ele ficaria sabendo no outro dia pelos jornais. Desesperado ao ficar sabendo do caso, o amigo chamou outro colega, foram até a estrada da Gameleira e colocaram fogo na moto, que pertencia ao irmão de um dos autores.
Quando o rapaz foi atrás da moto, ele disse que havia queimado e deu a motocicleta dele como forma de pagamento.
Foi um morador da região que viu a moto queimada e denunciou o caso à Polícia. Como o veículo não tinha registro de roubo, policiais civis da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos) foram ao local e recolheram o que havia sobrado da motocicleta.
Os dois, que já foram identificados, não têm passagem pela Polícia. Os jovens que queimaram a moto vão responder pelo menos pelo crime de ocultação de provas, afirma o delegado da 4ª Delegacia de Polícia Civil, Devair Aparecido Francisco.
O atentado - Por volta das 20h da última terça-feira o explosivo foi jogado em direção ao pelotão e encontrado por um policial. No prédio, havia apenas um policial de plantão. O restante atendia ocorrência na região. O militar ouviu um barulho e foi ver o que era. Ao constatar a granada, acionou os superiores e avisou aos Bombeiros, que mantém uma base ao lado do pelotão.
A granada foi detonada no local pela Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) aproximadamente à meia-noite.
O setor de inteligência da PM descartou que o ataque seja obra da facção criminosa que domina os presídios ou que tenha relação com os atentados que estão ocorrendo em São Paulo e em Santa Catarina. A suspeita principal é que tenha sido uma ação de traficantes, em represália a operação feita pela Polícia Militar, no mês passado, quando foram apreendidos drogas e presos acusados de envolvimento com o tráfico de drogas.