Polícia prende dono de supermercado por vender charque feito com carne vencida
Policiais ainda encontraram um abatedouro ilegal em uma das propriedades vistoriadas
Proprietário de um supermercado, de 50 anos, foi preso ao ser flagrado produzindo charque com carne vencida em Porto Murtinho – a 431 quilômetros de Campo Grande. A ação apreendeu ainda mais de uma tonelada de carne imprópria para o consumo.
O flagrante aconteceu durante operação de fiscalização em mercados e propriedades rurais com suspeita de realizar abate clandestino no município. Ação contou com a participação de equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Vigilância Sanitária Estadual.
Conforme a Polícia Civil, o proprietário do supermercado, identificado como Júlio Ximenes, de 50 anos, produzia charque sem registro de inspeção veterinário oficial e utilizava carne vencida na fabricação do produto. Durante vistoria, foram apreendidas mais de meia tonelada de carne imprópria para o consumo. O suspeito foi preso em flagrante.
Em fiscalização a uma conveniência, os policiais e fiscais encontraram indícios da comercialização de carne bovina clandestina, em razão do tipo de corte. Diante da situação, uma equipe foi à fazenda do proprietário do estabelecimento e encontrou um abatedouro ilegal.
O proprietário foi identificado como Adolfo Olmedo, de 49 anos, mas não foi localizado pelas equipes. Na conveniência foram apreendidos 771 quilos de carne e agora o comerciante irá responder por “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo”.
O crime prevê pena de detenção de dois a cinco anos ou multa, o que impossibilitou o arbitramento de fiança. Ainda segundo a polícia, as fiscalizações de combate ao abate clandestino de carne e o seu comércio ilegal continuarão em outras cidades do Estado.