Polícia volta a 'cemitério' de quadrilha e busca ossada de menina de 15 anos
Adolescente desapareceu há dois anos e seria uma das vítimas da quadrilha que explorava dependentes químicos
Mais uma vez a Polícia Civil está em busca de uma ossada na região do Jardim Veraneio, imediações do Parque dos Poderes, em Campo Grande. Os restos mortais seriam de uma menina de 15 anos que desapareceu há dois anos e, conforme as investigações, era explorada pela quadrilha que aproveitava sexualmente de viciados em drogas.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, as três ossadas já encontradas no local seriam de homens apelidados como Café, Alemão e Bruninho.
A delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Aline Sinnott, responsável pela operação, está no local na manhã desta terça-feira (22), mas não quis falar com a imprensa. O líder da quadrilha, Luiz Alves Martins, o 'Nando', 49 anos, também foi levado ao 'cemitério'.
Uma retroescavadeira está sendo usada pela polícia para localização da ossada, o local é próximo as outras três covas que já foram abertas e vários espaços estão sendo escavados em busca de corpos ou restos mortais. Além da delegada, cinco policiais civis estão no local, a área está preservada e não é possível aproximação.
Por enquanto a delegada encontrou uma camiseta que será recolhida pela equipe.
Caso - No dia 10 deste mês dez pessoas foram presas, oito delas suspeitas de envolvimento nos desaparecimentos de jovens e adolescentes que eram aliciados pela quadrilha. Os presos são Luiz Alves Martins, o 'Nando', 49 anos, Diego Vieira Martins, Rudy Pereira da Silva, Jeová Ferreira Lima, Jeová Ferreira Lima Filho, Ariane de Souza Gonçalves, Vagner Vieira Garcia, Andreia Conceição Pereira.
As vítimas, na maioria, eram dependentes químicos e em situação de vulnerabilidade.
Crimes - Conforme a polícia, as investigações começaram em setembro deste ano, após a morte de Leandro Aparecido Nunes Ferreira, o 'Leleco'. O rapaz foi morto por um jovem que o acusava de sumir com o seu irmão, adolescente que não teve a idade divulgada. Esse garoto em questão foi encontrado morto dias depois.
Por causa desta situação, a polícia descobriu que, além do menino, mais nove pessoas, todas moradoras da região do Danúbio Azul, estavam desaparecidas. O primeiro caso havia ocorrido em 2012.
Até hoje as vítimas de desaparecimento não foram localizadas e ninguém sabe o paradeiro delas.