Policiais penais entram em casa e “despejam” invasora com filhas
Jovem disse a reportagem que teria invadido a casa pois não tem condições de pagar aluguel
Durante a tarde deste sábado (15), uma confusão agitou o Bairro Celina Jallad, após policiais penais irem até uma casa para retirar moradora que havia invadido o imóvel. O caso aconteceu na Rua Rosa Ferreira Pedro, na região Sul da Capital.
Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, Helena do Nascimento, de 24 anos, invadiu a casa justificando que tem três crianças pequenas, de 8, 6 e 2 anos, e esta grávida. Ela conta que está sem condições de pagar aluguel devido a um acidente que sofreu recentemente. Ela afirma que a casa estava abandonada há muito tempo e já tinha virado até ponto de encontro para usuários de drogas, por isso, decidiu ocupar o imóvel.
Ainda conforme os relatos dos moradores que filmaram a ação, os policiais estavam intimidando a moradora com armas e retirando as coisas dela de dentro do imóvel. De acordo com boatos que circularam no local, a dona da casa seria uma policial penal que estava ajudando na retirada da moradora.
Mas uma mulher, de 35 anos, que preferiu não se identificar, conversou com a reportagem e se apresentou como proprietária do imóvel. “Eu moro aqui há dois anos, fui para Santa Catarina visitar a minha mãe, fiquei cerca de um mês fora, roubaram minha geladeira, todos os meus móveis e minhas roupas, só ficou a minha cama que é grande e não conseguiram tirar”, contou a suposta proprietária.
Helena contou a reportagem que não tem para onde ir e que está completamente desesperada com situação.
“Eu estava no velório do meu tio, cheguei e as minhas coisas estavam todas na rua, as coisas das crianças também. Essa casa estava abandonada fazia meses, já foi até ponto de droga”, contou. “Eu sou mãe solteira e estou acidentada e não me respeitaram, me trataram mal. Os vizinhos ficaram indignados e foi isso que agitou a situação, estava todo mundo na rua para me ajudar”, finalizou Helena.
Além de uma equipe da Polícia Penal, no local também esteve presente uma viatura da Polícia Militar. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), que por mensagem, disse que irá apurar as circunstâncias do caso.