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Capital

Policial que matou empresário era hábil com armas e praticava tiro esportivo

Ricardo Hyun Su Moon já participou de competições de tiro defensivo e fuzil esportivo no Brasil

Nyelder Rodrigues | 31/12/2016 18:29
Hyun Su Moon só foi preso em flagrante após ir para a delegacia (Foto: Simão Nogueira)
Hyun Su Moon só foi preso em flagrante após ir para a delegacia (Foto: Simão Nogueira)

O policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 46 anos, que matou na manhã deste sábado (31) com três tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos, já participou de competições de tiro esportivo no Brasil e se destacava pela habilidade que possuía no manuseio de armas.

O crime de hoje aconteceu após suposto desentendimento no trânsito de Campo Grande, como alega Ricardo, em legítima defesa. O policial foi preso em flagrante e indiciado por homicídio doloso, permanecendo na carceragem do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).

Nascido na Coreia do Sul e naturalizado brasileiro em 2010, Ricardo Hyun Su Moon também disputava campeonatos de tiro defensivo, tendo participado de competições realizadas da CBTE (Confederação Brasileira de Tiro Defensivo). Além disso, ele participou de torneios de fuzil esportivo.

Informação apurada pela reportagem com um colega de curso de Hyun na PRF, em Florianópolis (SC), indicam que ele era uma pessoa introspectiva e tinha grande habilidade com armas, possivelmente adquiridas em treinamento militar na Coreia - onde o alistamento militar é obrigatório devido à tensão com a vizinha do Norte.

Homicídio - Ricardo conduzia um Mitsubishi Pajero e disparou contra uma Hilux, conduzida pelo empresário Adriano Correia, dono da Sushi Express. A vítima foi atingida no pescoço, perdeu o controle da direção e o veículo derrubou um poste de iluminação pública. Ele morreu no local.

Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e o filho de 17 anos, também foram feridos, mas passam bem. As vítimas continuam na Santa Casa, já fora do atendimento emergencial, e também devem ser ouvidas pela polícia.

O policial rodoviário federal ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local. Posteriormente, ele acabou sendo detido em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF. O caso ainda está sob investigação.

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