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Capital

Por maioria de votos, acusado de matar vizinho a tiros é absolvido

Rui Ney afirmou que era ameaçado pela vítima que conhecia desde a infância

Por Ana Paula Chuva | 22/05/2024 13:13
Sangue da vítima no local onde foi encontrada ensanguentada (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Sangue da vítima no local onde foi encontrada ensanguentada (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Por maioria de votos, Rui Ney de Arruda Rodrigues, 23 anos, o “Nego”, foi absolvido pelo Conselho de Sentença durante julgamento pelo assassinato de Frank Johnny de Oliveira Rios. O autor e a vítima eram vizinhos e se conheciam desde a infância. O crime aconteceu após uma briga na noite do dia 28 de junho de 2019.

Conforme denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o homicídio aconteceu na Rua Arapoti, perto do Parque Ayrton Senna, Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Os dois eram vizinhos desde a infância e passaram a ter desavenças. Dias antes do crime eles tiveram um desentendimento e chegaram a ir para vias de fato.

Assim, por volta das 23h do dia do crime, Frank chegava em casa de motocicleta foi surpreendido por Rui que estava armado com um revólver calibre 38 e deu diversos tiros contra a vítima. Em seguida, fugiu do local.

Frank foi atingido por quatro tiros no rosto, tórax e dois braços e foi encontrado sentado no meio-fio todo ensanguentado. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Na época, a avó de Rui contou que Frank havia brigado com um amigo do autor e ele tomou as dores por isso o desentendimento 15 dias antes do crime. Então, o rapaz passou a ser ameaçado pela vítima através de mensagens no WhatsApp.

“Ele dizia que ia dar um monte de tiro. Passava na frente de casa ficava gritando e provocando o tempo inteiro”, disse Elizete de Arruda.  No dia do homicídio, inclusive, Frank teria ido até a casa da sogra de Rui e começou a gritar.

No dia 2 de julho daquele ano, Rui se apresentou na 5ª Delegacia de Polícia Civil acompanhado do advogado. Em depoimento, ele contou que conhecia a vítima desde a infância, mas perderam o contato porque Frank ficou preso por cinco anos e fazia poucos dias que ele estava solto.
 Ele confirmou a briga entre os dois 15 dias antes do crime. E as ameaças da vítima após isso. Rui relatou que chegou a receber um vídeo via WhatsApp do vizinho falando que iria matá-lo e também ligações dele dizendo que daria um tiro em sua cara.

Rui então comprou o revólver por R$ 1, 5 mil por medo e no dia do crime contou que Frank passou de motocicleta de fez “gestos ameaçadores”. Ele correu para dentro de casa, pegou a arma. Em seguida, a vítima voltou e parou na esquina do local, desceu do veículo e foi em direção ao autor que com medo, atirou em seguida fugiu.

Durante o julgamento hoje, os advogados William Maksoud e Ricardo Machado Filho, que atuam na defesa de Rui, sustentaram as teses de reconhecimento de legítima defesa e a absolvição. Por quatro votos a três, o Conselho de Sentença acolheu os pedidos.

A sentença que absolve o rapaz é assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri,  que também determinou que a arma usada no crime seja destruída.

Arma usada no crime foi apreendida e enviada para destruição (Foto: Reprodução)
Arma usada no crime foi apreendida e enviada para destruição (Foto: Reprodução)

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