Porsche atingiu entregador e família procura responsável por morte
Defesa solicitou acesso integral ao procedimento que investiga acidente; caso segue em investigação
Dez dias depois do atropelamento que resultou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, de 39 anos, familiares ainda não sabem quem conduzia o veículo Porsche Cayenne de cor branca durante a colisão de trânsito, ocorrida na região central de Campo Grande.
A reportagem teve acesso aos autos processuais, na tarde desta terça-feira (2), em que a defesa dos familiares requereu acesso integral ao procedimento investigatório da Polícia Civil. Ainda segundo o documento, há a preocupação de que as provas incriminatórias se percam com o tempo.
A esposa de Hudson, Kelly Ferreira, disse que até agora nada foi feito. "[...] ninguém da autoridade tem notícias sobre o condutor. A gente quer justiça, não pode deixar isso impune. Nós só queremos que ele pague pelo que fez", disse.
Conforme noticiado, câmeras de segurança registraram a ação, que aconteceu no dia 22 de março, na Rua Antônio Maria Coelho. Hudson seguia no sentido Centro/Parque dos Poderes e foi atingido pelo veículo de luxo que seguia na mesma direção.
Com o impacto, o motoentregador caiu em meio a pista e sofreu o rompimento de uma artéria. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado em estado gravíssimo à Santa Casa de Campo Grande, onde não resistiu aos ferimentos. Ele deixou esposa e cinco filhos.
Ainda conforme o registro policial, nas imagens que a equipe do Batalhão de Trânsito teve acesso, é possível ver o motoentregador saindo de um prédio após fazer uma entrega. Assim que Hudson entra na pista, ele é atingido por um veículo de cor branca que trafegava no mesmo sentido.
O caso foi registrado inicialmente como "praticar lesão corporal na direção de veículo automotor", mas após a morte do entregador a Polícia Civil mudou para "praticar homicídio na direção de veículo automotor" e segue em investigação.
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