Prefeito espera usar dinheiro da taxa do lixo no recapeamento da Capital
Mudanças na cobrança pelo serviço levam prefeito a estimar “sobra” de R$ 55 milhões que, até o ano passado, eram remanejados para bancar o contrato com a CG Solurb
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou nesta sexta-feira (5) que recursos antes utilizados pelo município para pagar pelos serviços de coleta e destinação de lixo poderão, agora, ser destinados ao recapeamento de ruas de Campo Grande. A perspectiva foi apresentada em ato no qual ele passou a chefia do Executivo interinamente para sua vice, Adriane Lopes (PEN), durante suas férias.
Marquinhos havia revelado durante a tarde que, até 2017, a Prefeitura de Campo Grande destinava até R$ 55 milhões ao consórcio CG Solurb para bancar a coleta de lixo. Isso porque discrepâncias na forma com a qual a taxa pelo serviço era aplicada, bem como o fato de que instituições isentas do pagamento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) também deixavam de pagar pelo serviço, desfalcavam a arrecadação do tributo.
Agora, a expectativa é que a revisão da taxa de lixo –que conforme o prefeito ficou mais barata para 60% da população e passou a ser cobrada de universidades e instituições religiosas (com desconto de 80% no caso destas últimas)– fará com que esses recursos sejam direcionados para outros setores da administração.
“Acredito que com esse reordenamento da taxa do lixo vai sobrar dinheiro no caixa da prefeitura para a gente iniciar, por conta própria, o recapeamento da nossa cidade”, afirmou Marquinhos.
No momento, a prefeitura executa o recapeamento de vias do corredor sudoeste do transporte coletivo (como a rua Brilhante) e projeta realizar ação semelhante no corredor norte (como na avenida Cônsul Assaf Trad), valendo-se de recursos federais. Além disso, recuperou algumas vias mediante acordo com a Águas Guariroba (para nivelar vias prejudicadas com obras nas redes de água e esgoto) e previa a recuperação de trechos do pavimento na região central –dentro do plano de revitalização da região.
O município ainda recebeu recursos do governo estadual que seriam destinados para o recapeamento de ruas. Porém, conforme Marquinhos, os recursos foram revertidos no destravamento de obras de pavimentação dos bairros Nova Lima e Santa Luzia e também na rotatória das avenidas Mato Grosso e Nelly Martins (a Via Parque). “Aqueles R$ 15 milhões foram remanejados para outros fins”, declarou.