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Capital

Prefeitura anuncia intensificação de ações para coibir ambulantes na 14

Lojistas, em carta no mês passado, reclamaram do aumento da presença dos comerciantes informais

Marta Ferreira | 23/08/2019 13:05
Ambulante na esquina da 14 com Rio Branco. (Foto: Arquivo)
Ambulante na esquina da 14 com Rio Branco. (Foto: Arquivo)

Exatamente um mês de depois de receber carta da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande reclamando de “invasão” de vendedores ambulantes antes mesmo do fim da revitalização na Rua 14 de Julho, a principal do comércio central, a prefeitura anunciou intensificação para combater a presença dos comerciantes informais. A determinação é clara: se estiver ocupando a calçada irregularmente, os produtos à venda serão apreendidos.

Se houver algum indício de irregularidade, como venda de produtos de contrabando, a pessoa será levada para a delegacia. Durante audiência na Câmara de Vereadores nesta manhã, para discutir investimentos na região central e seus reflexos, o secretário municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, disse que há determinação do prefeito Marquinhos Trad para combater o comércio ilegal, já que é proibida a venda ambulante nas ruas.

Valério afirmou que a Guarda Municipal já mantém grupo de apoio à equipe de fiscalização Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Segundo ele, hoje são feitas ações pontuais para retirar quem está nas ruas vendendo produto sem alteração, muitas vezes ocupando a calçada e o espaço de passagem dos pedestres, à porta das lojas.

A Semadur informou já está fazendo o alerta aos comerciantes informais desde a semana passada. Por enquanto, conforme a secretaria, o caráter é de orientação.

O secretário Valério Azambuja anunciou intensificação das ações nesta manhã. (Foto: Fernando Palheta)
O secretário Valério Azambuja anunciou intensificação das ações nesta manhã. (Foto: Fernando Palheta)

"A 14 está ficando linda e com isso os ambulantes estão querendo ocupar”, afirmou o secretário Valério Azambuja.

Mais gente na rua - “A 14 está ficando linda e com isso os ambulantes estão querendo ocupar”, afirmou o secretário Valério Azambuja sobre o aumento de vendedores na rua mais tradicional do Centro, concordando com a reclamação apresentada no mês passado pelos lojistas.

Outra análise feita pelo secretário é de que o camelódromo, como é conhecido o Centro Popular Marcelo Barbosa da Fonseca, na Avenida Afonso Pena, está “saturado”, o que leva mais gente para as ruas. A situação, de acordo com ele, é agravada pelo desemprego no País, que atinge mais de 13 milhões de pessoas.

Concorrência desleal – De acordo com o secretário, com a conclusão das obras na 14 de Julho, prevista para o fim de novembro, vai haver intensificação da fiscalização, já com vistas ao movimento de Natal.

Na fala do secretário, o trabalho tem foco específico em evitar que os os comerciantes, já prejudicados pela queda do movimento durante as intervenções na via, enfrentem a concorrência do comércio ilegal.

Em novembro do ano passado, a Semadur notificou ambulantes para deixar as ruas do Centro. Em abril, a estimava apresentada era de que eram pelo menos 100 pessoas viviam das vendas em banquinhas. No Centro, os únicos que têm autorização são os vinte que atuam na Praça Ary Coelho.

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