Prefeitura busca “solução” em SP para bancar reajuste de professores
Cobrando o reajuste previsto em lei de 8,46%, os professores aguardam um chamado do prefeito Gilmar Olarte (PP) nesta sexta-feira, data final para o anúncio da decisão sobre o aumento salarial. Já a prefeitura enviou o secretário adjunto da Seplanfic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle), Ivan Jorge Cordeiro de Souza, a São Paulo em busca de uma solução.
Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, o prefeito lhe disse ontem, na Câmara Municipal, que o poder público tenta um empréstimo. Já o secretário adjunto afirmou que permanece hoje em São Paulo, mas que não se trata de empréstimo. “Não posso falar agora, mas são outras formas de obtenção”, afirmou Ivan Jorge.
Segundo ele, na manhã de hoje ainda não havia nada concretizado. “Nós estamos em tratativa aqui em São Paulo com esse objetivo de negociar, levantar, verificar a possibilidade. Mas nada concretizado, nem sim nem não”, diz o secretário.
Enquanto isso, a sexta-feira é de expectativa para os professores. “Hoje é o dia do prefeito falar se cumpre a lei ou não”, afirma Geraldo Gonçalves. No entanto, não há reunião agendada com Olarte.
De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.
O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.
Olarte alega que o município não tem condições de pagar o reajuste de forma integral e que a crise financeira foi herdada da gestão do prefeito cassado Alcides Bernal (PP).