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Política

Câmara ameaça barrar projeto se prefeito não der reajuste do magistério

Eduardo Penedo | 07/10/2014 13:17
Presidente foi à tribuna cobrar o cumprimento da lei aprovada pelos vereadores (Foto: Marcelo Calazans)
Presidente foi à tribuna cobrar o cumprimento da lei aprovada pelos vereadores (Foto: Marcelo Calazans)

O presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Mário Cesar (PMDB) afirmou que se o prefeito da Capital Gilmar Olarte (PP) não promover o reajuste de 8,46% nos salários dos professores a Casa de Leis irá barrar os projetos vindo do Executivo. “Sei que o prefeito não mede esforços para reajustar os salários, mas medidas precisam ser tomadas urgentemente. Se ele não enxugar os gastos da prefeitura e não der o reajuste aos professores, nós vamos barrar todos os projetos vindos do executivo. Até que ele tome alguma providência”, afirma o presidente da Casa de Leis durante o uso da Tribuna nesta terça-feira (7).

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, foi nesta terça-feira pedir apoio aos vereadores da capital para que eles possam intervir junto ao Executivo e fazer cumprir a Lei municipal 5.189/2013 aprovada pelos vereadores que garante o pagamento do piso da categoria por jornada de 20 horas. “É possível cumprir a lei, a prefeitura tem recursos, não sei por que o prefeito dificulta tanto assim. Ele tem dinheiro para pagar e só enxugar os gastos com os comissionados”, explica Gonçalves.

Ele explica que foi feito uma reunião ontem e a categoria recusou o escalonado do reajuste e vai ficar de sobreaviso até dia 10, quando o prefeito Gilmar Olarte (PP) deve anunciar a proposta do Poder Executivo.

O presidente da Câmara disse que fiou perplexo quando soube que a Prefeitura de Campo Grande tem gastos de 12 milhões com pagamento de comissionados e R$ 18 milhões com contratados. “Fiquei perplexo quando soube que são gastos R$ 12 milhões com pagamento de comissionados e R$ 18 milhões com contratados. Tem que ficar somente quem é necessário.”, argumentou o vereador.

Mario Cesar explicou ainda que se a folha de pagamento fosse enxugada a prefeitura conseguira economizar pelo menos R$ 20 milhões por mês. “Até o fim do ano seria uma economia de R$ 80 milhões. Juntando a Refis, IPTU e PPI são mais R$ 60 milhões. No total seria R$ 140 milhões . com isso já da para começar a fazer a recuperação financeira da prefeitura”,avalia o peemedebista.

Ainda durante a sessão as vereadoras que são professoras Thais Helena (PT) e Rose Modesto (PSDB) explicaram que a prefeitura deve mesmo cortar gastos com pessoas para conseguir reajustar o salário dos professores. “Não contem comigo para cortar o reajuste dos professores. Uma lei que nos aprovamos nessa casa. Essa lei foi um avanço e não podemos voltar para trás com essa lei”, explica Thais Helena.

A vereadora Rose Modesto disse que a prefeitura terá que arranjar alguma saída para dar uma solução para os professores. “A prefeitura vai ter que encontrar uma solução para o caso do reajuste e tenho certeza de que encontrará”, finaliza a tucana.

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