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Capital

Prefeitura desocupa terreno com 133 barracos de sem-teto no Indubrasil

Renata Volpe Haddad e Ricardo Campos Jr | 20/10/2017 08:35
Barracos estão sendo retirados de terreno no Indubrasil. (Foto: Marina Pacheco)
Barracos estão sendo retirados de terreno no Indubrasil. (Foto: Marina Pacheco)

Barracos montados em um terreno localizado no Indubrasil, ao lado da fábrica de refrigerantes Refriko, estão sendo derrubados nesta manhã (20) pela prefeitura de Campo Grande.

No local, há 133 famílias e segundo o desempregado Juscelino de Lima, 33, são 300 pessoas. "Fomos surpreendidos hoje por volta das 6h30, com caminhões e com a presença da Guarda Municipal", diz.

Lima diz ainda que ontem à tarde um homem desconhecido foi até o local, entregou uma notificação de retirada imediata e foi embora. "Nós temos uma reunião marcada com a diretoria da Emha na segunda-feira, mas o combinado era não construirmos mais barracos e nem que iriam tirar a gente daqui, pelo menos até a próxima semana", desabafa.

Alguns moradores estão no trabalho e não sabem da desocupação. "Tem coisas dentro dos barracos ainda. Vamos nos reunir e decidir o que fazer porque não temos para onde ir. Se precisar, vamos acampar na prefeitura, na Emha ou na Câmara".

Os moradores estão aglomerados. Os guardas que estão no local informaram que não podem dar mais informações sobre a desocupação. Houve uma pequena discussão entre as pessoas que cumprem a desocupação e os moradores, mas os ânimos foram controlados.

Prefeitura - A Emha (Agência Municipal de Habitação) afirma que há duas semanas, equipes da prefeitura já haviam derrubado 10 esqueletos de barraco e notificado os invasores da área pública municipal localizada na região do Indubrasil para que não voltassem a invadir este local. Entretanto, desobedeceram as ordens da Semadur, pois já sabiam de que se tratava de uma ocupação irregular.

Ontem, os invasores foram notificados para desocupação imediata. A força-tarefa para conter a invasão fez registros fotográficos dos barracos que permaneceram, porém, não há projetos habitacionais previstos para atender os invasores.

Alerta - A agência ainda ressalta que esta área localizada no Indubrasil não é compatível para parcelamento, já que não possui condições de moradia. Trata de um zoneamento industrial sem infraestrutura para abrigar projeto habitacional.

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