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Capital

Prefeitura deve oferecer área no Dom Antônio para novo aterro sanitário

Vizinhos de área em potencial protestaram e reuniram-se com Marquinhos Trad, que descartou outras duas áreas listadas pela Solurb

Silvia Frias | 07/07/2020 12:25
Marquinhos Trad recebe documento de moradores da região do Maria Aparecida Pedrossian (Foto/Divulgação)
Marquinhos Trad recebe documento de moradores da região do Maria Aparecida Pedrossian (Foto/Divulgação)

A prefeitura de Campo Grande vai desconsiderar relatório que indicava três possíveis áreas para novo aterro sanitário e irá oferecer terreno próximo ao atual local de destino dos resíduos, no Dom Antônio Barbosa. O novo endereço começou a causar polêmica de potenciais vizinhos, que se manifestaram contrários ao projeto.

A informação de que as três áreas listadas no estudo foram vetadas pela prefeitura foi divulgada pelo prefeito Marquinhos Trad aos vizinhos de um dos terrenos, localizado na saída para Três Lagoas, com acesso pela BR-262. Participaram do encontro chacareiros, fazendeiros e outros residentes nos bairros Maria Aparecida Pedrossian, Oiti e condomínios Terras do Golfe e Shalon, entre outros.

O vice-presidente da Associação dos Amigos das Águas da Bacia do Guariroba, Jânio Batista Macedo, disse que o prefeito descartou as três áreas após avaliação da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano).

Fazem parte do relatório e estudo de impacto ambiental , além do localizado na saída para Três Lagoas, as áreas Ceroula (a 15 km do centro urbano e acessada pela MS-080) e Três Barras (a 35 km do centro e acessada pela MS-040).

O estudo foi elaborado pela Flora Brasil Engenharia e Consultoria Ambiental em que apontou que a área da Fazenda Santa Paz seria o melhor local para construção do novo aterro. A mudança é necessário pois o atual terreno de depósito de resíduos, no Dom Antônio Barbosa, em operação desde 2012, está chegando ao limite da capacidade.

O produtor rural Francisco Maia, que tem área na saída para Três Lagoas, disse que o grupo apresentou estudo que mostra como o aterro sanitário seria prejudicial ao loca. “Muita gente mora em chácara, trabalha com desenvolvimento sustentável, o lixão seria a morte anunciada”, diz.

A reportagem tentou contato com a prefeitura e Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) para falar sobre a reunião, mas não obteve retorno.

A assessoria da Solurb disse que a concessionária não foi informada oficialmente sobre o teor da reunião, do descarte das três áreas listadas e irá aguardar algum comunicado para se manifestar.

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