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Capital

Prefeitura reordena turmas e fecha EJA em cinco escolas

Secretaria diz que mudança será para "melhoria da oferta do curso e do serviço prestado aos alunos"

Silvia Frias | 26/12/2022 10:25
Escola Elizabel Maria Gomes, no Santa Luzia, tinha vaga sobrando em fevereiro. (Foto/Arquivo)
Escola Elizabel Maria Gomes, no Santa Luzia, tinha vaga sobrando em fevereiro. (Foto/Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande deve encerrar turmas do EJA (Educação de Jovens e Adultos) em cinco escolas, mantendo a modalidade em dez polos a partir de 2023. O reordenamento, segundo a Secretaria Municipal de Educação, é para melhoria da oferta do serviço.

O encerramento das atividades em cinco escolas foi tema de reunião na última quinta-feira (22), do presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Gilvano Bronzoni, e o secretário Municipal de Educação, Lucas Bitencourt.

Segundo Bronzoni, o sindicato foi acionado por professores informados do fechamento das turmas de EJA e que estavam preocupados com a distância que o aluno teria que enfrentar com o realocamento para outra escola. “Eram 34, passou para 22, depois 15 e, agora, 10”, lembrou.

Na lista, estão as escolas municipais Professora Adair de Oliveira, no Bairro Piratininga; Professora Maria Lúcia Passareli e Professor Wilson Taveira Rosalino, ambas no Aero Rancho; Professora Elizabel Maria Gomes Salles, na Vila Santa Luzia e Doutor Tertuliano Meirelles, no Bairro Caiçara.

Desta lista, pelo menos duas tiveram autorização para EJA em agosto deste ano: a E.M. Professora Adair de Oliveira e a Wilson Taveira, conforme publicação no Diogrande (Diário Oficialde Campo Grande). Em fevereiro, prefeitura informou que havia vagas sobrando para a modalidade.

Na reunião, segundo Bronzoni, foi repassado que havia pouca ou nenhuma demanda para as turmas. Em um caso, citou, havia turma com 11 alunos para o EJA.

Nesta reunião, ainda de maneira informal, foi agendado para o dia 24 de janeiro outro encontro para debater políticas públicas para o EJA de forma ampla. “Hoje, há ausência de política que fortaleça o EJA, temos muitos empregos disponíveis e não tem formação e esse fechamento vai na contramão”, avaliou o presidente da ACP.

Ainda segundo Bronzoni, a matrícula para o EJA está prevista para março e, caso haja demanda exponencial para algumas das cinco escolas listadas, as turmas serão mantidas. Do contrário, mantém-se o planejamento de fechamento para centralizar as aulas nos outros dez polos. A preocupação também é que o realocamento de alunos não os prejudique por conta da distância.

A Reme (Rede Municipal de Ensino) oferece aulas para a EJA, nas séries iniciais (1° ao 5° anos), intermediárias (6° e 7° anos) e finais (8° e 9° anos).

Em nota, a Semed confirmou o reordenamento em dez escolas polos, no formato híbrido, com avaliação semestral para certificação de competência. “O objetivo é a melhoria da oferta do curso e do serviço prestado aos alunos”. Em relação aos professores, a informação é que os professores efetivos lotados no EJA terão prioridade na escolha das turmas nas unidades onde a modalidade irá continuar.

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