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Capital

Prefeitura tem 30 dias para agir contra falta e até furto de merenda escolar

Em escola da Capital, MPE constatou que funcionários teriam furtado peito de frango que seria usado na alimentação de alunos

Mayara Bueno | 10/03/2016 08:18
Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Uma série de irregularidades em relação à merenda escolar foi constatada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), que pediu providências da Prefeitura de Campo Grande dentro de 30 dias. A recomendação foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público desta quinta-feira (10).

Dentre os problemas, a Promotoria de Justiça cita alimentos vencidos, escassez de alguns itens e até furto de frango em uma instituição de ensino do município. A irregularidade foi constatada na Escola Professora Eulália Neto Lessa, onde alguns funcionários teriam furtado alimentos, como pacotes de peito de frango.

Nas escolas Professora Iracema Maria Vicente e Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, foram constatadas faltas de produtos para a merenda, como frutas, verduras, legumes, leite, açúcar, frango, peixe, dentre outros. Os alunos ainda ficaram sem carne por pelo menos três meses, detalha o documento.

Com a ausência de tais alimentos, alguns pais tiveram de adquiri-los com meios próprios. O MPE ainda cita a vistoria realizada em setembro passado, na qual foi percebida a falta de rigor no controle dos produtos armazenados, bem como diversos tipos e quantidades de produtos vencidos.As irregularidades não param. Foram relatadas deficiências no processo de compra e entrega de produtos. 

A Prefeitura terá de apresentar, em 30 dias, um plano específico de gestão dentro do Programa Municipal de Alimentação Escolar, para adotar maior rigor diante das irregularidades encontradas em relação à merenda. Também deverá divulgar um sistema eletrônico de controle da merenda.

Além disso, o Executivo Municipal terá de exigir dos fornecedores o uso de algum meio de inscrição nas embalagens de cada alimento, identificando-o como “alimento escolar”, ressaltando a proibição em vender os produtos. Por fim, também responderá uma série de questionamentos quanto ao armazenamento, forma de estocagem dos alimentos, dentre outras informações.

O Ministério Público ressaltou, ainda, que a recomendação é ação urgente, mas não exclui a responsabilização dos envolvidos em possíveis ações criminais e de improbidade.

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