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Capital

Presidente da Energisa diz que operações serão permanentes e em todo MS

Atualmente, segundo estimativa, só na Capital, são quase 4 mil pontos de ligação clandestina

Por Lucas Mamédio | 17/07/2024 18:24
Presidente da Energisa MS, Marcelo Vinhaes, em visita ao Campo Grande News (Foto: Lucas Mamédio)
Presidente da Energisa MS, Marcelo Vinhaes, em visita ao Campo Grande News (Foto: Lucas Mamédio)

A concessionária de energia de Mato Grosso do Sul, a Energisa MS, tem se empenhado para diminuir o número de fios clandestinos em postes de energia elétrica, tanto em Campo Grande quanto em outras cidades do Estado.

Na manhã desta quarta-feira (17), a Energisa e Polícia Civil realizaram a segunda grande operação no intervalo de um mês para ajudar a sanar o problema. Atualmente, segundo estimativa, são quase 4 mil pontos de ligação clandestina na Capital.

Na primeira operação feita pela empresa, realizada em junho, coincidentemente, foram retirados 4 mil metros de cabos irregulares e clandestinos na cidade. O problema é recorrente, principalmente na região central, onde as instalações são mais antigas.

Em visita ao Campo Grande News, o presidente da Energisa MS, Marcelo Vinhaes, falou sobre as operações. Segundo ele, estas ações coordenadas serão permanentes e se fizeram necessária por conta do crescimento desenfreado dos furtos nos cabos de telefonia e fios.

“As empresas que são regulares, elas têm contrato para estarem ocupando aquele espaço, mas a gente identificou também que existem empresas clandestinas. Então tem tanto as empresas irregulares, quanto as que não fazem a identificação adequada dos cabos ou até empresas que colocam os cabos ali sem uma qualidade técnica”.

Funcionário aproveita para fazer "limpeza" retirando fiação antiga e abandonada (Foto: Henrique Kawaminami)
Funcionário aproveita para fazer "limpeza" retirando fiação antiga e abandonada (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme Marcelo, são operações para disciplinar, que removem tanto cabos clandestinos, quanto cabos fora do padrão. “As empresas ou regularizam ou terão seus cabos removidos”.

Outro aspecto importante das operações, levantado pelo mandatário da concessionária, é que muitas dessas empresas são, na verdade, alvo de vandalismo. “Porque o que a gente vê muito na rede é furto de cabo e quando aquilo não tem valor, a pessoa deixa jogado de qualquer jeito”.

Para Marcelo, o furto de energia é um prejuízo para todos os usuários, não só para distribuidora de energia, porque quando se calcula o valor da tarifa, esse impacto é repassado.

“É um regramento básico dentro de qualquer contrato de concessão nos estados. Então se as empresas de energia não combatem o furto acaba que tarifa fica mais cara”.

As operações de furto devem se estender para todo estado. O presidente promete que até o final do ano, operações serão realizadas nos 79 municípios.

“O furto de energia é crime e compromete a estabilidade do sistema, porque quando eu projeto o sistema, eu projeto com a carga (demanda) conhecida e o furto é uma carga desconhecida, então ele causa interrupção, causa oscilação, então tem que ser um trabalho da sociedade”, finaliza.

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