Preso em confusão na rodoviária terá de pagar R$ 2,8 mil para sair da cadeia
Homem passou por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira e foi levado para exame no Imol
Luciano Farias Neiva, 35, que foi preso após confusão na Rodoviária de Campo Grande, terá de pagar R$ 2.862 para deixar a cadeia. Ele passou por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (29) e o valor de três salários mínimos foi arbitrado pelo juiz plantonista.
A informação é da mulher de Luciano, que esteve no Fórum da Capital nesta manhã acompanhada de um advogado que contratou para defender o marido.
Ela, que pediu para ter a identidade preservada, afirma que ficou sabendo do ocorrido na madrugada de sábado (27) e que desde então, não conseguiu ver o marido.
A mulher contou ainda que Luciano ia embarcar para o Mato Grosso, onde visitaria os pais, e que tem poucas informações sobre o ocorrido na rodoviária.
O homem, que estava em cela da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, passará por exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) enquanto a família providencia o pagamento da fiança.
A confusão – Consta no boletim de ocorrência, registrado pela Guarda Municipal, que Luciano estacionou o carro em local irregular, na área destinada a embarque e desembarque de passageiros. Ainda na versão da corporação, a equipe que faz plantão na rodoviária, abordou o motorista, que se mostrou agressivo e estava “visivelmente embriagado”.
O homem entrou no terminal rodoviário, sem retirar o veículo do local irregular. Guardas foram atrás e começou a confusão. Ele ofereceu muita resistência. Sem conseguir conter o homem, os guardas utilizam a arma não letal, conhecida como “de choque”, e depois um dos agentes dispara bala de borracha.
Tudo foi filmado por passageiros que estavam no local. Imagens das câmeras de segurança do terminal também foram divulgadas. Veja o vídeo:
Falta de manutenção - Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o secretário Especial de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, admitiu que o uso de bala de borracha por guardas municipais foi preciso porque a arma de choque usada pela guarnição falhou durante a ação.
A falha do equipamento pode estar ligada a falta de manutenção nos armamentos de choque usados pela Guarda Municipal, que segundo Valério, estão sem revisão há quase quatro anos.