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Capital

Presos na Operação Omertà 2 tinham arsenal e distintivo em casa

Equipes foram para as ruas de cinco cidades para cumprir 18 mandados de busca e apreensão na segunda fase da operação

Viviane Oliveira | 18/03/2020 11:37
Policiais do Batalhão de Choque chegando no Garras durante a operação realizada ontem (Foto: Marcos Maluf) 
Policiais do Batalhão de Choque chegando no Garras durante a operação realizada ontem (Foto: Marcos Maluf)

Durante a segunda fase da Operação Omertà, deflagrada ontem (17), os irmãos Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, 32 anos, e Jorge Egídio Betzowski Leite, 34 anos, foram presos com arsenal, na Estância Panorama, localizada na MS-010, na saída para Rochedo, em Campo Grande. Os dois passam por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (18), no Fórum.

Em cumprimento ao mandado de busca e apreensão em nome do pecuarista Rodrigo Patron, os policiais foram recebidos com tiro disparado pelo irmão dele, o professor de idiomas Jorge, ao chegaram à Estancia Panorama. O professor disse ter atirado por achar que eram ladrões, pois estava dormindo no momento e não sabia da presença policial na propriedade, onde ficam três imóveis.

Conforme o auto de prisão em flagrante, em uma das casas da estância foram apreendidos espingarda de calibre 20, uma espingarda sem calibre, revólver calibre 38 com cinco munições intactas e uma deflagrada, revólver 22, garrucha do mesmo calibre, cento e cinquenta munições calibre 22 de origem estrangeira, dez munições calibre .40, cinco munições calibre 38, quatro munições calibre 357. Além disso, foram localizados ainda material de uso exclusivo da Polícia Civil como distintivo, carteira policial e algema.

Não foi arbitrada fiança aos irmãos por causa da quantidade de armamento, munições e objetos de uso exclusivo da Polícia Civil apreendidos na residência dos investigados, em razão do número de armas e munições encontrados. Ainda conforme o documento, os indícios dão conta de possível envolvimento dos investigados com a milícia armada investigada na Omertà.

À polícia, Rodrigo disse que as armas pertencem à fazenda. Sobre as munições .40, não soube dizer quem era o responsável. Indagado sobre o distintivo, algemas e carteira da polícia, respondeu que obteve para participar de festa à fantasia.

Outro alvo de busca e apreensão, Lucas Silva Costa, 28 anos, conhecido como Lukinhas, foi preso em flagrante com duas munições calibre 38 sem documentação. O mandado foi cumprido na casa dele, na Rua Israelândia, no Bairro Cidade Morena. O rapaz foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 1.045.

Em depoimento, Lucas disse aos policiais que em data anterior foi preso com revólver calibre 38 e as munições haviam ficado em casa. Relatou ainda que adquiriu as munições e a arma de um desconhecido em posto de combustíveis, próximo a um supermercado no Bairro Moreninhas.

Operação - Bilhete escrito em papel higiênico por detento do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN) foi estopim para a nova fase da operação Omertà, que investiga grupo de extermínio em Mato Grosso do Sul.

Ontem (17) foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de planejar atentados contra a vida de autoridades envolvidas na operação.

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