Primeiros moradores do Aero Rancho se emocionam ao receber título de imóveis

Pioneiros do Bairro Aero Rancho receberam títulos de imóveis na manhã desta segunda-feira (18). Na solenidade de entrega, o sentimento era de emoção ao receber a titularidade 30 anos após chegada ao bairro. Ao todo, foram entregues 175 títulos da Agehab (Agência de Habitação Popular) do Estado de Mato Grosso do Sul.

Ao Campo Grande News, os beneficiados comentaram que chegaram ao Aero Rancho quando "tudo era barro", e ver o quanto o bairro cresceu durante esse tempo é gratificante. A diretora da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, explicou que a titularidade do imóvel garante à família a segurança da propriedade. "Principalmente para as famílias que não têm condição de arcar com as despesas. Às vezes são contratos comprados de gaveta e a pessoa não consegue escriturar", comentou.

O morador Eunaldo Campos, 74 anos, descreve que mora no bairro desde 1990. "Quando ia para o Centro o pessoal olhava e falava 'ala o povo do barro'. Agora está um paraíso. Já criei raiz aqui e é onde serei enterrado", comentou Eunaldo. Ele destaca que agora o bairro possui farmácia, supermercado e posto de saúde.

Teresinha Benedita Ferreira, 66 anos, comenta que mora no bairro há 34 anos e precisava colocar sacola no pé em dias chuvosos para conseguir sair de casa. "Receber esse documento é um verdadeiro presente de Natal. A gente sempre falava que se tivéssemos dinheiro, conseguiríamos a escritura, mas nunca tinha. Foi um presentão", comentou a moradora.

A moradora Alexandria dos Santos, 76 anos, contou à reportagem que tem um casal de filhos que foram criados com ela no Aero Rancho. "Foi um presente, eu gostei muito. É algo que eu esperava há muito tempo e cheguei a achar que não conseguiria ganhar. Agora tenho algo para deixar para meus filhos", explicou Alexandria.

O deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos) comentou que estava emocionado com a cerimônia pois também passou pelo mesmo, ao receber a titularidade da casa dele no Bairro Parati. Para o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a situação não pode ser tratada como "corriqueira". Ele comenta que "não é normal esperar 34 anos por uma titularidade. Fico feliz de ver que Mato Grosso do Sul é o estado que mais investe no país, dando celeridade ao processo", comentou.

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