Procurador vai ao lixão e diz que acordo não está sendo cumprido
Em visita ao lixão de Campo Grande na tarde desta quinta-feira (31), o procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho), Paulo Douglas Almeida de Moraes, identificou que o acordo feito junto à Solurb e os catadores não está sendo cumprido. Moraes também pediu reforço no maquinário.
A principal reclamação é que trabalhadores e maquinários estão atuando paralelamente no lixão e no aterro sanitário. A empresa de coleta alega que não consegue manusear as máquinas devido à aproximação dos trabalhadores e argumenta também que não tem como limpar o local com apenas duas escavadeiras.
Já os catadores afirmam que as duas escavadeiras estavam paradas e só começaram a atuar com a chegada da fiscalização. O procurador afirma que ontem um homem foi soterrado na área destinada somente as máquinas no aterro sanitário. Os trabalhadores afirmam não conhecer a pessoa e que não se trataria de um catador.
O Ministério Público do Trabalho cobra que enquanto os catadores estão catando o lixo numa área, a Solurb deve limpar outro.
O procurador solicitou que os catadores façam a coleta do material reciclável e a Solurb limpe a outra área. Ele também sugeriu reforço no maquinário ou que haja expediente no período da noite. Entretanto, a ideia não foi dirigente pela empresa e também pelos trabalhadores, já que com a iluminação no local pode haver furtos de cobre.
O MPT também cobra a instalação de banheiros e proteção contra temporais. “Tudo o que não queremos é acidente aqui. Temos que evitar circunstâncias como este soterramento que acontecem ontem”, diz o procurador.
Paulo sugeriu ainda que o trabalho seja intensificado durante o dia e promete intervenção no caso com processo contra a Solurb ou a Prefeitura. Amanhã haverá reunião no período da tarde para repercutir a vistoria.