Professores rejeitam proposta de prefeito para reajuste no fim do mês
Os professores da rede municipal de Campo Grande rejeitaram, nesta segunda-feira, proposta de conceder o reajuste no fim do mês apresentada pelo prefeito Gilmar Olarte (PP). O início da greve ainda será definido pelos 800 educadores reunidos na ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública).
A proposta do prefeito, apresentada ontem (2), era de que reajuste de 8,46% fosse pago no dia 30 de novembro e retroativo com recurso da antecipação de outorga onerosa da Água Guariroba. Pela Lei Municipal nº 5189/13, o pagamento deveria ser homologado em outubro.
Durante votação, apenas três educadores foram favoráveis a proposta do Executivo. Com a rejeição, se estuda mecanismos jurídicos para uma greve, ainda a ser definida por nova votação.
Por conta da reunião, não há aula nas 85 escolas da Capital e apenas alguns servidores do setor administrativo cumprem expediente. Na semana passada, por causa do feriado prolongado, as escolas foram abertas somente na quarta-feira (29).
Reajuste – A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.
Olarte havia dito ao Campo Grande News que era preciso ter equilíbrio para pagar os professores e não fazer promessas que não poderia cumprir. “Hoje somente a diferença do reajuste dos professores representa R$ 18 milhões entre pagamentos, 13º e férias até janeiro. Vamos cumprir a lei, mas é preciso equilíbrio para manter também a máquina pública funcionando. Não adianta falar que vai pagar e no dia de depositar faltar dinheiro”, disse Olarte.
O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.