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Capital

Quadrilha escolhia idosos e de outros estados para golpe do falso frete

Ricardo Campos Jr. | 01/09/2017 11:56
Policiais do Choque com um dos envolvidos no golpe do falso frete preso nesta sexta (Foto: Richelieu de Carlo)
Policiais do Choque com um dos envolvidos no golpe do falso frete preso nesta sexta (Foto: Richelieu de Carlo)
Major Pollet, do Batalhão de Choque, fala sobre crime do falso frete (Foto: Marina Pacheco)
Major Pollet, do Batalhão de Choque, fala sobre crime do falso frete (Foto: Marina Pacheco)

A quadrilha que aplicava o golpe do falso frete para atrair e roubar caminhoneiros em Campo Grande escolhia a dedo as vítimas, que em sua maioria eram idosos e de outros estados. Duas pessoas foram presas nesta sexta-feira (1°) suspeitas de envolvimento no crime. Outros três comparsas já estavam presos em unidades de detenção da cidade, de onde comandavam as ações.

O tenente-coronel Marcus Pollet, do BPChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar), explica que os agentes da corporação localizaram os envolvidos a partir da forma como eles agiam, desconfiando de “velhos conhecidos” das forças de segurança.

Dessa forma, o primeiro a ser monitorado e encontrado foi Erickson Velasques Ferreira, 29 anos. Ele estava na casa de uma mulher não identificada na Vila Piratininga, confessou envolvimento nos roubos. Disse que era o responsável por anunciar o roubo, usando uma arma de uso restrito roubada.

Eriwelton Cebalho Correa, 21 anos, foi detido em seguida. Ele quem fornecia os armamentos e equipamentos necessários para o sucesso das ações.

Do presídio, Maurício Correia de Oliveira comandava o esquema auxiliado por Ricardo de Souza e Emerson Malta Ferreira. Um deles era o responsável pelas funções financeiras da quadrilha e o outro ajudava no que fosse necessário.

Segundo Pollet, os suspeitos contaram que agiam da seguinte forma. Primeiro entravam em contato com as vítimas e simulavam contratos de frete para atraí-las à Capital. Para dar veracidade à história, eles depositavam um adiantamento na conta dos caminhoneiros. Quando eles chegavam à cidade, eram rendidos, amarrados e deixados em locais ermos enquanto os veículos eram levados ao Paraguai e Bolívia, onde eram trocados por drogas.

O entorpecente, ao ser comercializado, abastecia o “caixa” do bando, que então preparava novos crimes.

Juntos, os cinco integrantes do grupo somam mais de 20 crimes, conforme o BPChoque. A polícia acredita que eles façam parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o que deve ser apurado pela Polícia Civil. Há indícios do envolvimento de mais pessoas nos crimes.

Presos, os suspeitos confessaram pelo menos três golpes do falso frete em Campo Grande. Eriwelton e Erickson estão em uma das celas da Defurv (Delegacia Especializada em Furto e Roubos de Veículos).

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