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Capital

Racha começou na Afonso Pena e Polícia busca 3º carro envolvido

Paula Maciulevicius | 02/04/2013 11:29
Perícia foi realizada no Celta vermelho onde estavam os dois militares que entraram na investigação como testemunhas. (Foto: Marcos Ermínio)
Perícia foi realizada no Celta vermelho onde estavam os dois militares que entraram na investigação como testemunhas. (Foto: Marcos Ermínio)

O racha que terminou na morte do condutor do Polo, Marcos Vinícius Henrique de Abreu, de 22 anos, começou entre o C3, dirigido por Ryan Douglas Werner Vieira, 20 anos e um carro vermelho, ainda na avenida Afonso Pena, na altura do Gugu Lanches. Em depoimento à Polícia o próprio Ryan afirma o envolvimento do terceiro carro e diz que a disputa se prolongou até o CMO (Comando Militar do Oeste), na avenida Duque de Caxias.

“Ele diz que teve um tipo de disputa que não chega a ser racha, porque a Afonso Pena não permite, mas que houve estímulo de ambas as partes”, fala o delegado responsável pelo caso, Natanael Balduíno, da 7ª Delegacia de Polícia Civil.

A Polícia trabalha para identificar qual seria o carro vermelho, testemunhas que tivessem acompanhado a disputa entre os três e a partir de que ponto o Polo teria participado. Resposta que segundo o delegado, virá do depoimento da namorada do condutor, Letícia Souza Santos, 23 anos, que permanece internada na Santa Casa.

Hoje pela manhã peritos da Polícia Civil realizaram perícia no Celta vermelho onde estavam os dois militares que prestaram ajuda à Letícia e entraram na investigação como testemunhas. Conforme o delegado, a análise era para coletar se há alguma elemento de divergência em relação ao depoimento prestado.

“Ele diz que teve um tipo de disputa que não chega a ser racha, porque a Afonso Pena não permite”, diz delegado Natanael Balduíno. (Foto: Marcos Ermínio)
“Ele diz que teve um tipo de disputa que não chega a ser racha, porque a Afonso Pena não permite”, diz delegado Natanael Balduíno. (Foto: Marcos Ermínio)

Durante o flagrante feito na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, os militares da Aeronáutica relataram à Polícia que momentos antes do acidente, estavam atrás dos envolvidos e viram quando o condutor do C3, Ryan Douglas, chamou Marcos Vinícius para um “pega”. O veículo ficou retido na delegacia e posteriormente seria liberado ao proprietário.

O delegado fala ainda que tendo a confirmação do terceiro motorista no racha, ele também pode ser indiciado em relação à vítima fatal.

A Polícia continua em buscas de testemunhas que tenham visto a disputa. Das nove testemunhas ouvidas durante o flagrante, sete afirmaram que houve o racha entre o Polo e o C3. Motoristas ou moradores podem procurar a delegacia para prestar depoimento, o telefone é o 3363-8554.

Batida - O acidente foi por volta das 21h deste domingo, envolvendo um Polo Sedan e um C3. No primeiro veículo estava o estudante de Engenharia Mecatrônica, Marcos Vinícius, e a namorada dele, Letícia Souza Santos, 23 anos. O carro foi atingido na lateral pelo C3, onde estavam os estudantes de Engenharia Ryan Douglas e o amigo Hugo Nantes Milan, ambos de 20 anos.

Com o impacto do Polo no poste, o carro ficou dividido ao meio. (Foto: Samuel Magela)
Com o impacto do Polo no poste, o carro ficou dividido ao meio. (Foto: Samuel Magela)

Pela alta velocidade do veículo, depois da batida, Marcos Vinícius perdeu o controle da direção e bateu, derrubando o poste de energia elétrica da avenida Duque de Caxias. Com o impacto no poste, o carro ficou dividido ao meio.

Bombeiros prestaram socorro às vítimas e Marcos Vinícius ainda foi levado para a Santa Casa com vida, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu à 1h da madrugada.

As investigações entre a noite de domingo e a madrugada de segunda terminaram com Ryan indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, lesão corporal grave em relação à namorada de Marcos que era passageira do Polo e racha.

O jovem estava alcoolizado, o teste do bafômetro constatou 0,20 mg/l.O valor, descaracteriza crime, mas segundo o delegado que atendeu a ocorrência, Tiago Macedo dos Santos, foi levado em consideração. “Esse elemento influenciou na tomada de decisão, na conduta e foi determinante na causa do acidente”, reforçou o delegado.

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