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Capital

Réu por executar militar, "Rato" é condenado a 21 anos de prisão

Conselho absolveu réu da tentativa de homicídio em relação à irmã e esposa da vítima

Por Gustavo Bonotto e Ana Paula Chuva | 30/10/2024 19:31
Sidnei Cleber Alves, o "Rato", no banco dos réus do Tribunal do Júri. (Foto: Marcos Maluf)
Sidnei Cleber Alves, o "Rato", no banco dos réus do Tribunal do Júri. (Foto: Marcos Maluf)

Sidnei Cleber Alves, conhecido pela alcunha de "Rato", de 31 anos, foi condenado a 21 anos de prisão durante o fim da tarde desta quarta-feira (30). Ele era um dos réus pelo homicídio de Dionathan Goldoni Vilhalba, ocorrido em 14 de dezembro de 2022, na Avenida dos Cafezais, Jardim Macaúbas, em Campo Grande.

Além da condenação por homicídio, Sidnei também foi sentenciado a 10 meses e 15 dias de detenção pela lesão corporal leve contra a esposa da vítima. O juiz determinou indenizações de R$ 10 mil à irmã, ferida na coxa, e R$ 5 mil à companheira.

Na abertura do julgamento, o promotor de Justiça, Luiz Eduardo de Souza Sant'Anna Pinheiro apresentou a narrativa dos eventos, destacando a gravidade do crime. Ele enfatizou que Sidnei e outros dispararam armas de fogo contra Dionathan, resultando em sua morte, e que as familiares da vítima também foram atingidas, embora tenham sobrevivido. O promotor argumentou que a ação foi premeditada e realizada de forma cruel, usando um recurso que dificultou a defesa das vítimas.

A defesa de Rato, conduzida pelo Defensor Público Nilson da Silva Geraldo, contestou as acusações. Ele alegou que não havia provas suficientes para comprovar a autoria do crime por parte de Rato. O defensor solicitou a desclassificação das tentativas de homicídio contra as mulheres para lesão corporal dolosa, argumentando que a intenção de matar não estava clara nos atos de Sidnei. Ele buscou demonstrar que Rato não tinha relação direta com o crime, levantando dúvidas sobre sua participação.

Após os argumentos de ambas as partes, o Conselho de Sentença deliberou. A maioria dos jurados decidiu condenar Sidnei pelo homicídio qualificado de Dionathan, considerando a intenção de matar e as circunstâncias do crime. No entanto, ele foi absolvido da tentativa de homicídio em relação à irmã, e a conduta em relação à esposa foi desclassificada para lesão corporal leve.

Sidnei permanecerá preso, e a pena será cumprida imediatamente. As armas utilizadas no crime não foram apreendidas, e os projéteis encontrados no local foram destinados à destruição.

O caso - O militar morreu aos 26 anos. As três vítimas almoçavam em frente a uma loja na Avenida dos Cafezais, quando o trio armado de aproximou em um Fiat Uno. Os tiros foram dados pelos dois caronas e ao menos dez cápsulas foram encontradas no local.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e da Polícia Militar estiveram no local. Vizinhos chegaram a pensar que barulho seria de fogos de artifícios. Atiradores fugiram logo em seguida. Polícia Civil também foi chamada.

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