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Capital

Rua movimentada tem 99 buracos, um a cada 24 metros percorridos

Alan Diógenes | 08/11/2015 08:38
Motoristas precisam fazer zigue-zague para escapar dos obstáculos. (Foto: Marcos Ermínio)
Motoristas precisam fazer zigue-zague para escapar dos obstáculos. (Foto: Marcos Ermínio)
Mecânico de motos disse que clientes só chegam com pneus furados e rodas empenadas. (Foto: Marcos Ermínio)
Mecânico de motos disse que clientes só chegam com pneus furados e rodas empenadas. (Foto: Marcos Ermínio)
André teme os prejuízos com o veículo. (Foto: Marcos Ermínio)
André teme os prejuízos com o veículo. (Foto: Marcos Ermínio)

O impasse da Prefeitura Municipal com relação à operação tapa-buracos tem causado transtornos aos motoristas que trafegam pelas ruas tomadas por "crateras". A Rua Rui Barbosa, por exemplo, uma das mais movimentadas da cidade, tem 1 buraco a cada 24 metros percorridos.

O Campo Grande News fez o teste: percorreu a extensão da rua, entre a Avenida Costa e Silva e a Fernando Corrêa da Costa. Ao todo foi possível contar 99 buracos, mas se a equipe de reportagem continuasse a percorrer a via, esse número facilmente arredondaria para 100.

Em menos de um quilômetro percorrido já foi possível somar oito buracos. Depois, em um quilômetro, já somaram 34 buracos. Continuando o caminho, em dois quilômetros, trecho da Rua Fábio Zahran até a Eduardo Elias Zahran, foram somados mais 29 buracos.

O trecho com mais buracos foi entre a Avenida Eduardo Elias Zahran até a Fernando Corrêa da Costa, com 36 buracos a mais. A contagem parou por aí, porque adiante equipes fizeram o serviço de tapa-buracos.

O empresário Ednei Lúcio Prado, 30 anos, disse que os buracos oferecem risco de acidentes de trânsito. Ele contou que na Avenida Bandeirantes, próximo de onde mora, o problema é o mesmo. “O maior risco é perder a vida em algum acidente. Um amigo meu caiu de moto em um desses buracos e se arrebentou todo. Todo dia ouço alguém reclamando. A suspensão do meu veículo já está acabada”, comentou.

O mecânico de motocicletas Luiz Augusto Prado, 26, que trabalha na Rui Barbosa, disse que a maioria dos clientes chegam com pneus estourados e rodas empenadas. “O pior é que está assim em toda a cidade, e gente tem que trafegar desviando dos buracos”, destacou.

O empresário André Schuhli, 39, apontou que por hora na Rui Barbosa passam 3 mil veículos, o que gera mais incômodo aos condutores. “Pensa eu com minha caminhonete, meu pneu custa R$ 1 mil, quando eu caio em buraco dá uma dó e dor no coração”, salientou.

O administrador de empresas Maki Lanzarini, 25, falou que o asfalto da via está antigo, então quando chove sempre abrem novos buracos. “Sem falar que existe infiltração da chuva, daí não tem jeito mesmo”, finalizou.

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), aposta na ajuda do Exército Brasileiro para retomar a operação tapa-buracos. Ele disse que a corporação se mostrou interessada em contribuir com o serviço.

A equipe técnica da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação elaborou vários projetos sobre como a operação tapa-buracos seria realizada em Campo Grande.

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