ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  14    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Santa Casa realiza cirurgia inédita em crianças com síndrome rara no rosto

Viviane Oliveira | 05/04/2011 17:05

Uma das causas dessa anomalia é a posição do feto dentro da barriga da mãe

(Foto: divulgação)
(Foto: divulgação)

Duas crianças que nasceram com síndrome de Pierre-Robin voltaram hoje à Santa Casa de Campo Grande para agradecer médicos que fizeram por duas vezes com sucesso cirurgia até então inédita para bebês com deformidade no rosto. Os dois casos desta síndrome rara registrados no estado foram tratados na UTI Neonatal (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital.

A dona de casa Kátia Aparecida Ribeiro, 36 anos, conta que o seu filho, Henrique Ferreira de Souza de 1 ano, fez a cirurgia em 2010. “Ele nasceu afogando na água da minha bolsa”.

A criança nasceu com uma alteração na face, com a cavidade maxilar muito pequena e a mandíbula grande, decorrência de dificuldade para respirar e se alimentar, disse o pediatra neonatal José Mendes de Carvalho Filho.

De acordo com o chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Everton Floriano Pancini, o trauma facial é referência do hospital. “A retirada de tumor na face também é outra atividade cirúrgica da Santa Casa.

A alimentação é feita por sonda e a recuperação leva entre 25 e 30 dias. (Foto: divulgação)
A alimentação é feita por sonda e a recuperação leva entre 25 e 30 dias. (Foto: divulgação)

O médico cirurgião, Frederico Garlipp, explica que uma das causas é a posição do feto dentro da barriga da mãe. “Toda a alimentação é feito por sonda e a recuperação leva entre 25 e 30 dias. Estatisticamente, a síndrome compromete uma criança em cada dez mil nascimentos no mundo”.

Stefani Ferreira Alcântara Ortiz, 3 anos, filha da funcionária de limpeza Vani Ferreira dos Santos, 41 anos, fez a cirurgia facial em 2007 e hoje está com o rosto completamente reconstituído.

Vítima de um acidente, a professora Adriana Aparecida Ferreira Bezerra, 33 anos, fez tratamento na Santa Casa. Hoje recuperada ela conta que sofreu politraumatismo craniano.

A equipe médica que realizou as duas cirurgias participou do Congresso Médico Cientifico Internacional e recebeu os três primeiros prêmios.

Nos siga no Google Notícias