Santa Casa recusa nova proposta e impasse ainda ameaça atendimento
A Santa Casa de Campo Grande recusou a proposta encaminhada nesta quinta-feira (09) pelo prefeito Gilmar Olarte (PP) que pretendia dividir entre município e estado o ônus do repasse mensal a entidade, acima do teto-financeiro, no valor de R$ 3 milhões. Com a negativa, o impasse continua e a entidade pode reduzir drasticamente os atendimentos em 30 dias.
Segundo o diretor-presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, a proposta do prefeito é considerada “inviável” tendo em vista que reduziria o repasse por parte do município em R$ 1,5 milhão, sendo que a entidade permaneceria com os mesmo serviços.
“Não dá pra fazer isso. A demanda só aumenta e eles (Prefeitura) querem reduzir os recursos e manter o mesmo volume de atendimento, e isso é inviável”, conforme Teslesco, além dos R$ 3 milhões seria necessário um incremento de pelo menos R$ 1 milhão no repasse.
Atualmente, a Santa Casa recebe por mês R$ 18,5 milhões. Deste total, o governo estadual participa com R$ 1,5 milhões; o município contribui com R$ 4,2 milhões e o Ministério da Saúde libera R$ 13 milhões para pagar os procedimentos médicos realizados. Pelos cálculos da instituição, esta conta não fecha. Seu custo mensal, hoje seria em torno de R$ 19 milhões.
Segundo Teslesco, uma nova reunião entre a Santa Casa, Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Governo do Estado e MPE (Ministério Público) deve ocorrer na manhã desta sexta-feira (10) para buscar uma solução para o “problema”.
Teslesco reiterou que o hospital poderá parar em até 90% os procedimentos nos próximos 30 dias, caso não fosse encontrada uma solução para a crise.