Sargento que matou tenente no Nova Lima fica em liberdade
O sargento da Polícia Militar, César Diniz da Silva, 43 anos, confessou em depoimento prestado na tarde desta segunda-feira (03), no 2º DP (Delegacia de Polícia), ter atirado e matado o tenente João Miguel Além Rocha, 50, durante discussão no bairro Nova Lima, em Campo Grande, no sábado (1º). Ele responderá em liberdade por homicídio.
Conforme o delegado Weber Luciano de Medeiros, Diniz afirmou ser o proprietário do veículo Nissan Tida junto com outra pessoa que não teve a identidade revelada. O delegado declarou que o automóvel que motivou a briga está em nome de Maria Lena Barbosa Soares. “No decorrer das investigações vamos investigar quem é essa mulher e qual a ligação dela com os envolvidos”.
Em depoimento, o autor disse ter deixado o carro na oficina e ido até uma chácara quando recebeu a ligação do dono do estabelecimento informando que Rocha estaria tentando levar o veículo em um guincho.
Diniz alegou ainda que tentou conversar com a vítima para entender o que estava acontecendo e sugeriu que ambos fossem até a delegacia para resolver a situação. Rocha não teria aceitado e começado a troca de tiros.
“Segundo o César, a vítima teria dado um tapa na cara dele e em seguida feito disparos. Diniz então se escondeu atrás do guincho e revidou com três disparos, sendo que dois atingiram a vítima”, afirmou o delegado. O homem contou que chamaria socorro para a vítima, mas acabou deixado o local porque ficou desesperado com a situação.
Conforme Medeiros, a vítima usava um revólver calíbre 38, enquanto o sargento estava de posse de uma pistola calíbre 40 da Polícia Militar. “O autor entregou as duas armas que estavam com ele. A perícia vai investigar se as balas que atingiram a vítima são da mesma arma do sargento e saber se a que atingiu a testemunha foi disparada pela vítima ou pelo autor”.
Diniz responderá por homicídio em liberdade, isso porque, segundo o delegado, o autor se comprometeu a colaborar e não apresenta risco as investigações. O sargento tem passagens na polícia por violência doméstica e crimes militares.