Secretária de Educação nega ameaça de demissões de professores na Capital
Segundo denúncia, professores e diretores foram ameaçados de demissão caso participassem dos três dias de paralisação na capital
A secretária de Educação do município, Leila Machado, negou as denúncias feitas pela vice-presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Zélia Aguiar, na manhã de hoje, sobre a ameaça de demissão feita pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) aos professores e diretores que desejassem aderir à paralisação, que teve início nesta terça-feira (15).
De acordo com a secretária, a informação não é verdadeira. "Cada escola ou centro de educação infantil enviou aos responsáveis pelos alunos se os professores da unidade iriam ou não participar do ato. E não seria aplicada falta para os professores que participaram da paralisação", diz.
As escolas municipais Professor Arlindo Lima – na Rua Barão do Rio Branco, próximo à Prefeitura –, Geraldo Castelo – na Rua Padre João Crippa – e Professora Adair de Oliveira – na Vila Piratininga, estavam de portas abertas na manhã desta terça-feira (15). Apenas a Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na Avenida Calógeras, não funcionava.
Reunião - Na tarde de hoje, durante a assembleia extraordinária convocada pela Comissão da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), os professores definiram em votação a aceitação da proposta da Prefeitura em suspender o questionamento feito ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) sobre a Lei Municipal n° 5.411/2014.
Ficou definido também que além da paralisação de três dias, em 20 das 94 escolas da Capital, o sindicato vai promover outras ações para manter a pauta de reivindicação ativa.
Agenda - Para os próximos também foi votada durante a assembleia. Na quarta-feira (16), a partir das 8 horas, haverá uma passeata, com apoio da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), pedindo o cumprimento da lei 5.411/14, conhecida como “Lei do Piso”.
Já no dia 17 deste mês está programada ida à Câmara Municipal de Campo Grande para que os representantes da categoria conversem com vereadores para pedir apoio na luta por reajuste e outras reivindicações. No mesmo dia, à tarde, será feita uma adesivagem de veículos em frente à ACP.
Atualmente a categoria pede um reajuste de 13,01% relativo ao ano de 2015 e 11,36%, deste ano, somando um total de 24,37%. Além disso, a paralisação, determinada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), tem como objetivo a garantia dos direitos da classe e o aumento do piso salarial.