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Capital

Secretário garante que comprou remédios, mas população ainda reclama de falta

Sandro Benitez disse que, recentemente, foram comprados 1,5 milhão de medicamentos

Izabela Cavalcanti | 10/04/2023 08:31
Paciente procurando remédio em farmácia de posto de saúde (Foto: Henrique Kawaminami)
Paciente procurando remédio em farmácia de posto de saúde (Foto: Henrique Kawaminami)

Apesar de o secretário de Saúde, Sandro Benitez, garantir que, recentemente, foram adquiridos 1,5 milhão de remédios para os próximos três meses, a população ainda continua sentindo a falta de medicamentos nas unidades de Saúde de Campo Grande.

“Medicações básicas que estavam faltando”, disse o secretário durante Audiência Pública na Câmara Municipal de Vereadores, na última quarta-feira (5).

No domingo (10), a auxiliar de limpeza Viviane Padilha, de 27 anos, procurou o posto de saúde para tratar dor de garganta. Um dos medicamentos prescritos foi Ibuprofeno, mas ela não encontrou disponível em três unidades: UBS (Unidade Básica de Saúde) Carlota, Dona Neta e Universitário.

“Eu estava com dor de garganta e passaram Ibuprofeno, mas não tinha. Tive que comprar, porque não achei. É um descaso, não é remédio tão difícil assim, todo lugar tem”, lamenta.

Funcionária de um posto, que preferiu não se identificar, também denunciou ao Campo Grande News que faltam Furosemida; Hidrocortisona; Tramal e Ibuprofeno, em todas as unidades, segundo ela.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em março, alguns dos remédios comprados foram: Azitromicina, Dexametasona, Dipirona, Furosemida, Ibuprofeno e Prednisona.

Em resposta à falta de medicamento relatada, a Sesau informou também que todos possuem processo de compra, aguardando a entrega.

Ainda de acordo com a secretaria, a situação se deve à baixa adesão de fornecedores aos processos de licitação, levando-se em consideração o valor disponibilizado para pagamento destes medicamentos na tabela da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que estabelece limites nos valores dos medicamentos adquiridos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Dentre algumas alternativas que estão sendo estudadas para evitar o desabastecimento estão, “a adesão a consórcios de medicamentos com outros municípios do estado e participar de atas de compras com cidades de estados vizinhos, como Cuiabá, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, para tentar garantir, pelo tamanho dos lotes, que fornecedores se sintam atraídos a participar dos pregões e assim abastecer a todos estes locais, através dessas atas espera-se que pelo menos parte da necessidade do município seja sanada”, diz parte da nota enviada.

* Matéria atualizada 11h18 para acrescentar nota da Sesau

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