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Capital

Secretário nega sumiço de doses e apresenta resultado de sindicância

Christiane Reis e Anahi Zurutuza | 11/11/2016 18:21
O secretário apresentou o resultado da sindicância, que pede o arquivamento da CPI. (Foto: Anahi Zurutuza)
O secretário apresentou o resultado da sindicância, que pede o arquivamento da CPI. (Foto: Anahi Zurutuza)

Ao ser ouvido, nesta sexta-feira (11), pelos integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) – Marcos Alex (presidente); Lívio Viana (relator) e Francisco de Almeida Telles (integrante) , que investiga o sumiço de 32 mil doses de vacinas contra a H1N1 da rede pública de saúde, o secretário municipal, Ivandro Fonseca, negou o sumiço de doses e apresentou o resultado de sindicância interna. O documento, com quatro volumes, pede o arquivamento da CPI.

“Não houve sumiço de vacina em Campo Grande e a sindicância constatou isso”, declarou aos vereadores que integram a CPI. Segundo o secretário, a sindicância foi aberta para apurar o suposto sumiço de vacinas e a denúncia de um cidadão de que faltavam doses nas unidades de saúde. A polêmica sobre o sumiço das vacinas ganhou força quando surgiram denúncias de que pessoas do primeiro escalão teriam sido vacinas no gabinete do prefeito.

Sobre a falta de vacinas nas unidades de saúde, o secretário explicou que por conta da grande procura, em alguns períodos ocorreu de determinadas unidades ficarem sem, “mas assim que a essa informação chegava ao distrito sanitário as doses o estoque era reposto”, justificou. Ao ser questionado sobre declarações anteriores à imprensa de que estavam 'sumidas' apenas 3 mil doses e não 32 mil, Ivandro Fonseca se defendeu dizendo: “O secretário nunca declarou isso, mas não posso responder por outras pessoas, por isso fomos verificar”.

Um detalhe apresentado pelo secretário, durante a oitiva estava ligado à chamada perda técnica. “Havia uma suspeita de que alguns frascos vinham com menos doses, cada frasco deveria ter 10 doses e na época alguns estariam com menos. Fomos verificar e constatamos que ocorre a perda técnica dependendo da forma como a dose é aspirada”, justificou.

Ivandro Fonseca também argumentou que Campo Grande tem 850 mil habitantes, porém existem 1,5 milhão de cartões do SUS (Sistema Único de Saúde) e fez um desafio: “Quer saber onde foram parar as vacinas? Confere cada braço dos cidadãos de Campo Grande”.

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