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Política

CPI da Vacina confronta secretário de Saúde nesta sexta-feira

Richelieu de Carlo | 11/11/2016 12:42
Ivandro Fonseca, secretário municipal de Saúde, será ouvido pela CPI da Vacina na Câmara. (Foto: Divulgação/Câmara)
Ivandro Fonseca, secretário municipal de Saúde, será ouvido pela CPI da Vacina na Câmara. (Foto: Divulgação/Câmara)

O secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, será o último a ser ouvido pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o sumiço de 32 mil doses de vacinas contra a H1N1 da rede pública da saúde. A oitiva acontece hoje, a partir das 17h, na Câmara dos Vereadores, e serão confrontados dados apresentados pela sindicância realizada pela Sesau e os coletados durantes os trabalhos da Comissão.

De acordo com a sindicância da secretaria de Saúde, a perda de vacinas contra gripe em Campo Grande não ultrapassou a marca de 19 mil doses, dentro da margem de até 10% prevista pelo Ministério da Saúde. Já segundo o presidente da CPI, o vereador Marcos Alex (PT), a perda pode ser bem maior. “Não vou adiantar os números, mas é discrepante”, disse o presidente da comissão na sessão de terça-feira (8) na Câmara.

Lívio Viana, o Dr. Livio (PSDB), que também integra a CPI, esclarece que o Ministério da Saúde costuma enviar doses extras para compensar a chamada perda técnica, entre 7 e 10%. Em Campo Grande, como foram enviadas 198 mil doses, seria aceitável redução de até 196 mil vacinas.

“Eles têm os números deles e nós temos os nossos. Há diferença”, afirmou. Os problemas, no entanto, vão além do desaparecimento. Segundo ele, foi identificada fragilidade no controle das imunizações. A falta de um protocolo adequado para registrar o uso do produto expõe os servidores ao risco de serem penalizados por eventuais sumiços.

Quando o caso veio à tona, o Campo Grande News constatou ausência de controle quando um dos integrantes da equipe de reportagem, que não se enquadrava no público alvo da campanha, conseguiu ser vacinado em um dos postos de saúde da cidade.

“Essa fragilidade é uma das questões que também serão abordadas durante o depoimento do secretário”, diz o vereador tucano.

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