CPI identifica falta de controle sobre vacinas na rede municipal de saúde
Com mais de quatro meses de apuração, a CPI da Vacina tem encontrado dificuldades para concluir se doses de imunização contra gripe de fato sumiram ou apontar responsáveis individualmente. Segundo o relator da comissão, vereador Lívio Leite (PSDB), os documentos analisados apresentam “fragilidades” no controle da Prefeitura que dificultam uma conclusão até o momento.
Com prazo inicial para ser concluída em 120 dias, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga o sumiço de 32 mil doses de vacina contra a gripe H1N1, está emperrada na análise dos dados enviados pela Prefeitura à Câmara, tanto que o tempo para conclusão do relatório final foi prorrogado por mais 45 dias.
Segundo Lívio, a averiguação dos documentos deve terminar na próxima semana, mas há um relatório parcial que aponta para qual caminho os trabalhos devem seguir.
Ao ser questionado se já é possível indicar se houve de fato o sumiço de vacinas, o relator da comissão diz que não pode entrar em detalhes, mas que os dados apresentados pela Prefeitura apresentam “fragilidades” que dificultam apontar se realmente as vacinas sumiram.
“Eu posso falar a respeito das ações que foram escolhidas pela Prefeitura. Identificamos algumas fragilidades, que vamos sugerir que sejam corrigidas para a próxima gestão. Uma das fragilidades, em relação ao controle, dificulta a conclusão disso [sumiço das vacinas]”, explica o vereador Livio Viana.
Como há dificuldade em indicar se vacinas sumiram de fato, outra seria de apontar responsáveis individualmente. Lívio sugere que a culpa é do Executivo, pois é quem define como é realizado o controle. “Foram opções da Prefeitura, as ações que foram feitas foram opções da Prefeitura. É isso que vamos apontar no relatório final”.
Ainda, segundo Lívio, até o fim do mês, no máximo início de novembro, deve ser feita a oitiva do secretário municipal de saúde, Ivandro Corrêa Fonseca. O relatório final deve estar pronto até dia 15 de novembro.