Segurança está em alerta total; na Máxima, agentes restringem trabalhos
“O momento é de muito cuidado e alerta total”. A afirmação é do titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), José Carlos Barbosa, sobre o clima de tensão que o Estado vive após onda de ataques que foram desencadeados em decorrência de um “pente fino” no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Por outro lado, na unidade penal, 85 agentes cruzaram os braços na manhã de desta segunda-feira (25), e mantém apenas os serviços essenciais: ordem, saúde e alimentação no que se refere aos internos.
Ao Campo Grande News, o secretário explicou que a resposta do Estado foi imediata já que as forças policiais identificaram e prenderam os envolvidos aos ataques a ônibus, mas reconheceu que o foco agora é fazer com que o sistema penitenciário retorne a sua normalidade. “Existe uma certa tensão, porém todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança de quem está dentro dos presídios e também da população”, garante.
Questionado sobre as ações, o secretário preferiu não informar mais detalhes por se tratar de questões de segurança pública. “A visitação não foi suspensa e considerada tranquila no fim de semana”, destacou.
Entretanto, de acordo com o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Luiz Garcia Santiago, a greve foi deflagrada devido a inércia do Estado sobre a situação dos agentes na Máxima. “No fim de semana não foi realizada nenhuma reposição dos agentes que estavam de atestado. Por isso, em reunião realizada às 8h entre Agepen e o Sinsap decidimos cruzar os braços até que o Estado providencie uma resposta que envolvam ações efetivas que garantam a segurança dos agentes”, afirma.
O sindicalista ressalta que a greve pode se estender a todo o Estado, caso não haja resposta do Poder Público.
A ação “pente fino” foi realizada no dia 13 deste mês e desencadeou ataques a cinco ônibus, sendo que três deles foram incendiados e outros dois apedrejados. A ordem para os atentados partiu de dentro da Máxima.
Três detentos também foram mortos e outros 19 fugiram de penitenciárias do interior do Estado. E seis agentes penitenciários foram envenenados e outros ameaçados de morte.