Sem achar mais cadáveres, polícia suspende buscas em suposta área de desova
Trabalhos serão retomados amanhã com ajuda de farejadores premiados e "detector de cadáveres"
Sem encontrar mais restos mortais em brejo supostamente usado como cemitério clandestino de facção criminosa, Polícia Civil, Perícia e Corpo de Bombeiros suspenderam as buscas na área de mata no Bairro Santo Eugênio. Os trabalhos devem ser retomados apos o amanhecer.
Além da ajuda de Lika a Mali, farejadoras premiadas, perito com “detector de cadáveres” ajudará nos trabalhos. O equipamento foi usado em 2016, quando a Capital conheceu o cemitério do “Nando”, como era conhecido Luiz Alves Martins Filho, serial killer que agia na região do Bairro Danúbio Azul, na outra ponta da Capital.
Em oito horas e meia de buscas, restos mortais de uma pessoa já foram recolhidos no local e levados para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
Segundo o delegado Carlos Delano, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) e responsável pelas investigações, ainda não é possível dizer se era um homem ou vítima do sexo feminino, mas o esqueleto humano estava quase completo.
Também foram encontrados pedaços de roupas, calçado e um pedaço de borracha, que pode ter sido usado para amarrar a pessoa, possivelmente vítima de tribunal do crime, conforme as investigações.
Vasculhando a área próxima ao Córrego Bálsamo, a equipe localizou ainda um osso que parece não ser da mesma pessoa. “Com informações e em trabalho conjunto com GOI [Grupo de Operações e Investigações], sabíamos da possibilidade de um local em que haveria restos mortais aqui nessa região e hoje confirmamos esse seria o lugar para desova de cadáveres de vítimas de facção criminosa”, explicou o delegado, na tarde de hoje.