Sem acordo, médicos mantém greve e 2,8 mil são prejudicados por dia
Nova reunião entre Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e MPE (Ministério Público Estadual) realizada ao longo desta segunda-feira (18) terminou, mais uma vez, sem uma solução para o fim da greve na rede pública de saúde da Capital. Sem acordo, os médicos mantém a paralisação que chega ao quarto dia e na ponta deste impasse estão aproximadamente 2,8 mil pessoas que deixam de ser atendidas por dia.
Segundo a assessoria de imprensa do Sinmed-MS, novamente, a ausência de representantes das secretarias de Finanças e Administração impediu que as partes chegassem a um “acordo”, no entanto, a Prefeitura se comprometeu a apresentar uma proposta concreta para a categoria nesta terça-feira (19) até às 16h.
Conforme o Sinmed-MS, a categoria espera que esta proposta contemple três reivindicações:: retorno das gratificações, pagamento retroativo e percentual de reajuste da data-base. Assim que apresentada, a proposta será levada a assembleia onde os médicos devem decidir se aceitam ou não e por sua vez definam a manutenção ou termino da paralisação.
Por parte dos médicos, ficou garantido a manutenção de 50% dos funcionários nos casos de urgência e emergência nas UPA's (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS's (Centros Regionais de Saúde).
Atendimento prejudicado – Por outro lado, estimativa feita junto a números da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) apontam que ao menos 2,8 mil pessoas estão deixando de ser atendidas por dia, por conta da greve.
De acordo com a Sesau, Campo Grande possui 25 UBS's (Unidades Básicas de Saúde) e 38 UBSF's (Unidades Básicas de Saúde da Família), onde são realizados os atendimentos ambulatoriais.
Na UBS, por exemplo, a média de atendimento é de 32 pacientes por dia, levando em consideração que em cada uma trabalham dois médicos. Já nas UBSF's a média é de 28/dia.
Com isso, somando todas unidades e números de pacientes, cerca de 800 pacientes deixam de ser atendidos nas UBS's e 1.068 nas UBSF's, além de cerca 1 mil pacientes no CEM, totalizando mais de 2,8 mil pacientes não atendidos por dia.