Sem LIRA, técnicos se baseiam em relatórios de agentes para combater a dengue
Com o último LIRA (Levantamento Rápido do Aedes aegypti) elaborado na última semana de outubro, os técnicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) têm se baseado em informações complementares para criar as forças tarefas de combate à dengue em Campo Grande.
Para determinar quais bairros apresentam alta incidência do mosquito, os técnicos contam, principalmente, com informações dos relatórios diários dos agentes, já que o próximo LIRA deve ser realizado apenas na primeira semana de março, seguindo cronograma do Ministério da Saúde, de acordo com o chefe de serviço do Controle de Vetores e Endemias da Capital, Wagner Ricardo dos Santos.
"Esse relatório não é nossa única fonte para definir quais regiões receberão as ações. A Vigilância Epidemiológica passa as informações sobre os locais com maior índice de infestação enviamos as equipes para fazer o controle mecânico", diz.
Desde a primeira semana do mês, as notificações já somam 2005 casos suspeitos na Capital.
Ainda configurando entre os bairros com maior número de infestação do mosquito Aedes aegypti, o Lageado voltou a receber a visita de agentes de endemias da prefeitura, que realizaram neste início de semana, uma força tarefa nas residências para combater os focos do mosquito.
Entre os principais problemas detectados nas casas, estão os recipientes armazenados de forma incorreta e que podem se tornar potenciais criadouros de dengue, zika e chikungunya devido ao acúmulo de água.
Pelo menos 100 agentes tem atuado no bairro que, junto da Vila Popular, região central, Jardim Leblon e Nova Lima, formam as regiões da cidade com maior número de casos suspeitos.
Segundo a agente de endemias Fernanda de Almeida, o índice de infestação no Lageado ainda é alto porque os moradores trabalham com materiais recicláveis, que ficam acumulados nos quintais por muito tempo.
“Nossa orientação é que eles entreguem os materiais o mais rápido possível nos depósitos”, ressalta.
Outro detalhe que os agentes vem chamando a atenção durante as visitas domiciliares, é quanto o acúmulo de água atrás da geladeira. Até mesmo o umidificador deve ter a água trocada diariamente.