Sem medo, quem entra na fila da Astrazeneca diz que o "importante é se imunizar"
Recomendação da Anvisa que limita aplicação da Astrazeneca não assustou a população em Campo Grande
A recomendação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), emitida nesta terça-feira (11), para que os municípios não apliquem a vacina contra a covid-19 da fabricante Astrazeneca em grávidas, não intimidou quem esperava há meses para a sonhada agulhada no braço.
Nos principais pontos de imunização de Campo Grande, os públicos que se enquadram no atual calendário de vacinação são unânimes em dizer que “o importante é se vacinar”, independente do fabricante ou reações adversas.
“Estávamos todas preocupadas querendo tomar, ficamos sabendo que seriamos vacinadas com a Astrazeneca e não tivemos medo, nem antes nem depois, a ansiedade é maior do que tudo, o importante é vacinar”, garantiu a empresária Pâmela Roman, 25 anos, que faz parte do grupo de pessoas com comorbidades e foi até o parque Ayrton Senna onde foi vacinada com a mãe, Lourdes Roman, de 51 anos e com a esposa Ives lopes de 28 anos.
A possibilidade de reações adversa também não foi empecilho para o Policial Penal, Fábio da Costa, 35 anos, que compareceu ao posto de vacinação para receber a primeira dose da vacina e levou o pai de 80 anos para tomar a segunda dose.
“Até agora nenhum de nós dois tivemos reações e também não sentimos medo, acompanhamos as notícias de algumas reações da vacina, mas isso não influenciou em nada, as vezes assusta a população porque é tudo muito novo, tanto a vacina quanto o vírus, mas a melhor coisa é se vacinar”, disse o servidor.
Bem humorado, o Policial Militar aposentado, Wilson de Oliveira, 80 anos, que garantiu a segunda dose da vacina Astrazeneca brincou. “Medo a gente tem da Coronavac porque vira jacaré, mas independeste da vacina o que o importa de verdade é vacinar”.
A recomendação da Anvisa específica para as gestantes, até preocupou Júlia Batista, 21 anos, que está no 4º mês de gestação, mas não impediu que ela fosse imunizada com a vacina de outro fabricante. “Depois das notícias fiquei com medo, não tomaria a Astrazeneca, na verdade de fiquei com medo de todas, mas sei que é importante se proteger. Fiquei mais tranquila porque tomei a da Pfizer”, disse.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), informou que em Campo Grande não estão sendo usadas vacinas da Astrazeneca para vacinação de gestantes, apenas Coronavac para gestantes com comorbidades e Pfizer para as demais. Até o momento com a vacina da Pfizer foram 1.633 gestantes e 522 puérperas, que são mulheres que deram à luz há 45 dias. A secretaria ressalta ainda que os públicos não podem escolher a vacina que será aplicada.