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Maioria prefere reservar cota de Astrazeneca para 2ª dose

Diferente de estatística dos "vacinados", somente com as 2 doses se garante maior proteção contra covid

Guilherme Correia | 10/05/2021 07:47
Neste domingo, vacinação em Campo Grande era apenas para 2ª dose da Astrazeneca(Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Neste domingo, vacinação em Campo Grande era apenas para 2ª dose da Astrazeneca(Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Maioria está de acordo com recente decisão de reservar lote de vacinas da Astrazeneca para aplicação de 2ª dose contra a covid-19. Conforme enquete, 74% acreditam que seja "melhor garantir" o reforço do imunizante, que garante total eficácia prevista.

No final de abril, a preocupação em relação a faltar vacina para a 2ª aplicação já acometia os grupos que haviam tomado apenas a 1ª dose de Coronavac.

A leitora Rosangela Piuna deseja que o maior número possível de pessoas recebam 1ª dose o quanto antes. Segundo ela, "se tivesse começado pelos mais jovens não tinha tanta gente contaminadas ou mortos. Porque são os jovens que levam contaminação pra suas famílias".

Vale ressaltar que Mato Grosso do Sul já recebeu cerca de 993 mil doses de vacinas, das três fabricantes disponíveis atualmente sob aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e que o Estado tem mais de 2,8 milhões de habitantes. Portanto, seria necessário cerca de seis vezes o atual quantitativo de imunizantes para contemplar toda a população.

Ainda que, conforme reportado pelo Campo Grande News, o início da imunização entre idosos já possa ter surtido efeito no número de mortes em faixas etárias específicas - conforme dados dos boletins epidemiológicos, pessoas com 60 anos ou mais têm quase 10 vezes a mais de chance de morrerem em relação aos mais jovens.

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Já o leitor Cleverton Dalmas acredita que o melhor a se fazer é reservar as doses, como forma de garantir máxima proteção contra o coronavírus. "Se atrasar ou não tomar a segunda dose no prazo estipulado pelo laboratório a primeira dose perde a eficiência e acaba não imunizando como deveria, aí acaba sendo vacina que estão custando milhões jogadas fora e população sofrendo as consequências", opina.

Estudos mais recentes indicam que a vacina da Astrazeneca, que no Brasil é fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), tem eficácia geral de cerca de 70%, ainda que outras pesquisas preliminares falem em imunização de 60% a 73% contra formas sintomáticas da doença em pessoas com mais de 70 anos, com apenas dose única. Já a Coronavac e Pfizer têm chances menores de proteção com apenas uma aplicação.

Desde janeiro, foram vacinados com ao menos uma dose 21,7% da população sul-mato-grossense, enquanto 8,2% correspondem ao total de imunizados com as duas doses.

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