“Semáforos inteligentes” na Capital vão abrir de acordo com fluxo
Semáforos já funcionam em alguns lugares da cidade e outros deverão ser instalados em Campo Grande
Inspirado em corredores de ônibus de São Paulo, Campo Grande vai contar com “semáforos inteligentes” espalhados por algumas das principais ruas da cidade. O sistema prevê uma alteração no tempo em que o sinal leva para abrir ou fechar, de acordo com o fluxo de cada período do dia.
E como isso funciona? Segundo a diretora-adjunta da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Andréa Figueiredo, há um sistema automático que detecta, por meio de imagens de câmeras instaladas no sinal, se há muitos ou poucos veículos acumulados na rua. Caso haja grande volume, o sinal deverá se abrir com mais rapidez, e caso haja menos volume, ele pode demorar mais para ser aberto.
Além disso, Figueiredo comenta que além das mudanças automáticas, atualizações e correções são feitas por meio de um controlador implementado no semáforo, que está ligado diretamente a central da Agetran, por meio de cabos ópticos e dados móveis.
Vale destacar que já existem lugares na Capital com esse tipo de sistema instalado, e que os resultados têm sido positivos, na avaliação do órgão. "Vários horários do dia não têm 'rabos de fila'. Os semáforos podem trabalhar de forma independente ou com os controladores, onde podemos fazer a coordenação, interferir no sistema, para que a gente possa mudar ao longo do dia, várias vezes essa programação".
O objetivo é que possa eliminar as filas e melhorar a fluidez e o trânsito de pedestres e veículos”, explica Figueiredo.
Um dos lugares onde semáforos inteligentes já foram implantados é quase a totalidade da Avenida Eduardo Elias Zahran, além do cruzamento com as vias Ceará e Joaquim Murtinho.
Segundo o engenheiro Gabriel Correia, que passa todos os dias neste encontro para ir trabalhar, o acréscimo de semáforos no local reduziu “acidentes bobos” que aconteciam e melhoraram o fluxo de veículos, ainda que, na sua avaliação, os horários de pico ainda geram alto movimento.
"Eu acho que melhorou, antes era muito pior, mas em horários de pico ainda há engarrafamento. Acredito que embora as vias sejam largas, não há muitas opções para acesso até os bairros Tiradentes ou Vilas Boas”, exemplifica Gabriel.
Obras futuras - Segundo a diretora-adjunta, serão instalados semáforos inteligentes no quadrilátero do Centro de Campo Grande, que vai da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso e da Avenida Calógeras até a Rua José Antônio, com algumas extensões, como as vias Dom Aquino, Marechal Rondon e Barão do Rio Branco, até a antiga rodoviária.
"Em São Paulo, já existe essa coordenação em todas as marginais, onde existem corredores de transporte. A inspiração surgiu nesses corredores, que precisam de tempos específicos para a passagem desses veículos, várias capitais têm também".
Outras instalações de semáforos pela cidade, que não são do tipo "inteligente", também podem ter influenciado positivamente no trânsito da cidade. "Se observar, todas as obras como a semaforização da Mato Grosso com a Luís Alexandre já melhorou o fluxo, ou a rotatória da Avenida Costa e Silva, próximo à Coca-Cola".
"Em geral, mesmo quando não são em tempo real, a semaforização e coordenação dos tempos semafóricos já reduz e muito o tempo de espera", finaliza.