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Capital

Sentença mantida pelo TJ libera juiz para marcar 1º júri do "Pedreiro Assassino"

Assassino confesso de 7 pessoas, Cleber de Souza Carvalho está preso desde maio do ano passado

Marta Ferreira | 15/04/2021 16:40
Cleber de Souza Carvalho ao deixar delegacia depois de depoimento em junho do ano passado. (Foto: Kísie Ainoã)
Cleber de Souza Carvalho ao deixar delegacia depois de depoimento em junho do ano passado. (Foto: Kísie Ainoã)

Por unanimidade, a 3ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) rejeitou nesta quinta-feira (15) argumentos da defesa de Cleber de Souza Carvalho, o “Pedreiro Assassino”, e da mulher dele, Roselaine Tavares Gonçalves, contra sentença de pronúncia mandando ambos a júri popular pelo assassinato do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos.

 Foram responsáveis pelo julgamento do recurso em sentido estrito os desembargadores Jairo Roberto de Quadros, relator da causa, Zaloar Murat Martins de Souza e Luiz Claudio Bonassini da Silva. Eles votaram contra a tese da defesa, pedindo principalmente a impronúncia de Roselaine.

Ela está presa há um ano, assim como Cleber.

A alegação dos advogados é de que a denúncia não pormenorizou as condutas criminosas. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), responsável pela acusação, havia se manifestado pela manutenção da sentença como foi dada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Com esse resultado, assim que os autos voltarem para o juiz, ele pode marcar o julgamento.  A imputação é de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Os  defensores ainda podem tentar outros recursos nos tribunais superiores, mas dificilmente costumam prosperar em casos do tipo.

Relembre - O crime foi descoberto em maio do ano, com o achado do corpo da vítima, enterrado no quintal da casa dela, por equipe da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio). A partir desse fato, desenrolou-se a investigação que levou Cleber a confessar sete mortes, todas de pessoas sozinhas e em sua maioria idosos. Ele atingia as vítimas com pancadas na cabeça e se apossava de bens delas.

No caso de José Leonel, a família do matador se mudou para a casa e chegou a fazer obras. Primeiro a mulher e a filha de Cleber, Yasmin, de 19 anos, foram presas.

Ele só foi pego uma semana depois, quando confessou as outras mortes, ajudando a polícia e os bombeiros a encontrar os cadáveres.

Yasmin foi solta e o processo com relação a ela corre em separado, por ter sido declarada incapaz intelectualmente. Ela tem uma espécie de retardo mental.

Cleber já foi denunciado à Justiça também pela morte de Timóteo Pontes Roman, 62 anos, ocorrida no dia 2 de maio do ano passado. Os outros cinco casos estão em fase de inquérito.

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