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Capital

Perícia declara filha de "Pedreiro Assassino" inimputável

Laudo pericial atestou que Yasmin não tinha consciência de sua participação em um dos crimes do pai

Adriano Fernandes e Marta Ferreira | 26/03/2021 20:05
Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho no dia em que foi presa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho no dia em que foi presa. (Foto: Henrique Kawaminami)

Exame pericial confirmou a inimputabilidade de Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho, de 19 anos, filha de Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, o “Pedreiro Assassino”. Ela é acusada de envolvimento na execução do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, de 62 anos, em maio do ano passado.

Na prática, isso significa que no dia do assassinato, Yasmin não tinha consciência de sua participação no crime. O direito ao exame de sanidade mental foi conseguido pela defesa de Yasmim na justiça, em novembro.  Foi por conta da deficiência da jovem, que naquela mesmo mês ela foi liberta da carceragem para aguardar o andamento do processo em prisão domiciliar.

A perícia médica, constatou que a jovem possui "retardo mental não especificado e  comprometimento significativo do comportamento", sendo "inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito dos fatos e autodeterminar-se de acordo com ele", descreve o parecer encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

A perícia também atestou que em seu atual estado, Yasmin pode oferecer perigo, se má influenciada, devido ao "seu comportamento e dificuldade de discernimento". Diante da conclusão do laudo pericial, o Ministério Público requer a declaração de insanidade mental da jovem, com a adoção das medidas cabíveis na ação penal.

O resultado do exame não inocenta a jovem de participação no crime, mas abre a possibilidade da adotada de alguma medida de restrição de liberdade alternativa, como a internação para tratamento psiquiátrico.

O caso - Yasmin e a mãe, Roselane Tavares Gonçalves, de 44 anos, são suspeitas de participar da execução do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, de 62 anos, achado morto e enterrado no quintal de casa, no dia 7 de maio, na Vila Nasser. Em audiência sobre o caso realizada no começo de novembro, Cleber confessou ter assassinado o idoso, mas disse que a filha não teve participação.

A justiça concedeu liberdade a Yasmin, mas só autorizou que ela sai de casa para trabalhar no intervalo entre 06h até 19h e deve comparecer mensalmente em juízo. Já Roselaine está sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.

Em série – Cleber está preso desde 15 de maio, quando confessou que matava as vítimas e enterrava os corpos. O primeiro caso a vir a tona foi o de José Leonel. Tanto ela quanto a esposa e filha estavam morando no imóvel que era da vítima, quando o corpo foi encontrado pela polícia. A partir deste caso Cleber confessou ter matado mais 6 pessoas e inclusive indicou o local onde elas estavam enterradas.

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