Supremo libera a Marcha da Maconha; movimento acontecerá também em MS
Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira autorizar a Marcha da Maconha, evento que reúne, em diversas cidades brasileiras, pessoas favoráveis à legalização da droga.
Os ministros entenderam que quem defende a descriminalização da maconha está exercendo os direitos à liberdade de reunião e expressão, previstos na Constituição Federal.
Para o relator, ministro Celso de Mello, “a polícia não tem o direito de intervir em manifestações pacíficas, apenas vigiá-las para até mesmo garantir sua realização ".
O relatório foi seguido pelos minitros: Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo
Lewndowski, Carlos Ayres Britto, Ellen Gracie, Marco Aurélio Mello e Cezar Peluso. José Antônio Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes não participaram.
Marco Aurélio chegou a lembrar de um documentário protagonizado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que defende a descriminalização da maconha e fez uma brincadeira, dizendo que o voto de Celso de Mello foi "muito bem baseado", provocando risos no plenário do Supremo.
Em MS - A Marcha da Maconha, agora também chamada de Marcha da Liberdade, está marcada para o próximo sábado (18) em Campo Grande.
A concentração será às 9 horas, na Praça Ary Coelho. No evento em Mato Grosso do Sul, além da descriminalização da droga, várias outras bandeiras serão levantadas, incluindo a luta contra a homofobia, a demarcação de terras indígenas e a revitalização do centro da cidade.