Suspensão de voos noturnos agrava caos no aeroporto de Campo Grande
A suspensão dos voos noturnos agravou os problemas enfrentados pelos passageiros no Aeroporto Internacional de Campo Grande. As filas de embarque ficaram ainda maiores e os usuários esperam por mais tempo para pegar as malas nas esteiras. Além disso, quem é acostumado a viajar constantemente, reclama do aumento no preço das passagens e dos voos lotados.
De acordo com alguns passageiros, os voos estão chegando em um intervalo de tempo muito próximo um do outro, o que está “encavalando” os setores. “Ontem e hoje estava um inferno esse saguão, há meses isso não acontecia. Ontem uma mulher chegou a passar mal a espera da bagagem, ao lado da esteira. Era muita gente aglomerada num setor só”, conta o representante de medicamentos, Jaíson Alves Oliveira, 40 anos, que embarca com frequência em viagens a trabalho.
Na opinião de Oliveira, estão apertando os horários dos voos para a saída de mais aviões, o que tem prejudicado o atendimento aos passageiros.
Inconformado com a situação na tarde de hoje, o advogado Rodrigo Madureira, que levava um amigo para embarcar para o Rio de Janeiro, mostra que a fila de embarque (que fica a direita no saguão) chegou até a porta central do aeroporto. “Estava bizarra a situação hoje, a fila chegando até a porta aqui no meio. Ao ponto de funcionários da Tam pedir para quem fosse passageiro do voo deles furar a fila para não perder o embarque”, comenta o advogado.
Madureira crê que a suspensão dos voos noturnos é o principal fator pela sobrecarga que o aeroporto está sofrendo no período diurno. “Muitos estavam reclamando de voos atrasados, por isso ocorreram as filas. Essa paralisação do período da noite está influenciando sim”, conclui.
Após desembarcar em voo que partiu de sua cidade, Porto Alegre, o empresário João Porcher, 62 anos, confirmou a versão da aterrissagem de três aviões em um curto espaço de tempo e consequentemente a aglomeração. “Chegaram três aviões muito próximos um do outro, a sala da esteira das bagagens era muito pequena para o número de pessoas ali”, ressalta o senhor que agora seguiria ao município de Chapadão do Sul.
Críticas – O empresário destacou a necessidade de uma ampliação ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. “Acho muito pequeno este aeroporto para uma Capital de um estado. Se fosse maior esses problemas não estariam acontecendo”, observa Porcher.
Além de agravar a fila de embarque e ampliar a "agonia" na espera das malas, a suspensão dos voos noturnos também encareceram, em média, em 15% o preço da passagem aérea, segundo agências de viagem.
Sobre os atrasos, a única informação confirmada a equipe do Campo Grande News foi a linha da Azul, que liga a Capital à Corumbá.
A Infraero não recebeu a nossa equipe e até o fechamento desta matéria não retornou as ligações para explicar a situação no aeroporto.