Temer pede que Senado autorize liberação de US$ 56 milhões à Capital
O presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), publicou mensagem no DOU (Diário Oficial da União) nesta terça-feira (23), onde propõe que o Senado Federal autorize o empréstimo entre a Prefeitura de Campo Grande e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A solicitação de verba foi aprovada pela Câmara Municipal em 2015, mas ainda necessita de aprovação do Senado Federal para que ocorra.
Os recursos estão sendo pleiteados pelo prefeito Alcides Bernal (PP) desde o ano passado. Bernal solicitou US$ 56 milhões -- o equivalente hoje a cerca de R$ 178 milhões -- em junho de 2015 para o projeto Reviva Centro, mas a Prefeitura estava com o nome "sujo" no Cadin (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal) até abril de 2016 e, por isso, impedida de tomar empréstimos nacionais e internacionais.
As dívidas com o governo federal, que remontam à gestões anteriores, alcançavam R$36 milhões e a Prefeitura conseguiu sair do Cadin com ações no Tribunal Regional Federal.
Temer também assina outra mensagem propondo ao Senado que também seja liberado o empréstimo entre Corumbá e o Fundo Financeiro Bacia da Prata para o financiamento parcial do "Programa de Desenvolvimento Integrado de Corumbá - PDI". No texto publicado no D.O.U., consta que ambas as operações podem ser autorizadas com a garantia da República Federativa do Brasil.
Revive quando?
Enquanto a verba não vem, o centro agoniza. Os comerciantes reclamam de abandono e imóveis vazios com placa de aluga-se e vende-se dividem espaço com as lojas pouco frequentadas. Para resgatar a região, a gestão municipal tenta emplacar projetos de revitalização desde 2010, mas nada saiu do papel.
O Reviva Centro, projeto em questão no empréstimo do BID, prevê a mudança de fachada das lojas, a adequação de calçadas, arborização e a retirada dos postes elétricos, uma espécie de "shopping a céu aberto". O montante milionário fornecido pelo banco internacional será aplicado no quadrilátero entre as ruas do entorno da 14 de julho.
São 1.971 empresas de serviços, 1.437 lojas de comércio e 1.751 imóveis residenciais, totalizando 5.268 imóveis que seriam impactadas pelas obras do Reviva Centro.